A solidariedade é um remédio importante contra as dificuldades do dia a dia. A vontade de ajudar o próximo garantirá um futuro melhor à família da quitandeira Maria José Almeida Santos Ribeiro, de 31 anos. O drama dela e dos dois filhos cadeirantes – Caio, de 8, e Vítor, de 4 – foi relatado ontem no Estado de Minas, desencadeando várias manifestações de ajuda nas redes sociais.
Moradores do Bairro Tancredo Neves, na periferia de Ribeirão das Neves, os filhos dela fazem fisioterapia na Associação Mineira de Reabilitação (AMR), no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul da capital. O trajeto requer dois ônibus e uma caminhada de quatro quarteirões entre o ponto do segundo ônibus e a AMR.
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Caso de mãe com dois filhos cadeirantes pode gerar mudança em trajeto de ônibusIntérpretes ajudam surdos em serviços públicosCadeirantes mostram que normas de acessibilidade ainda são descumpridas em BHLinha 4103 vai ter mais viagens até a Associação Mineira de Reabilitação (AMR)A história da família emocionou muita gente. E a solidariedade sorriu para a quitandeira. Uma empresária de BH, que prefere o anonimato, vai presenteá-la com um novo forno.
Um advogado, que também prefere o sigilo da identidade, vai ajudá-la com as contas em atraso. A solidariedade veio de várias partes de Minas. Do Alto Paranaíba, um aposentado pretende fazer uma doação em dinheiro. Maria José poderá comprar as fraldas de Paulo. “Eu chorei.
Maria José, acostumada com a vida dura, se rendeu à emoção. “Não sei nem o que dizer. Obrigado a todos”, agradece a mulher, que enfrenta uma longa jornada de sua casa à AMR. Um dia, o motorista de um coletivo arrancou com um dos filhos dela a bordo. O outro ficou para trás. Dona Maria José, auxiliada pela Defensoria Pública de Minas Gerais, ajuizou uma ação por dano moral. Houve a audiência de instrução e julgamento, mas a sentença ainda não foi proferida.
Apesar disso, o magistrado orientou a BHTrans a alterar o itinerário do segundo coletivo, de forma que o ponto seja transferido para a calçada em frente à AMR.
Vários leitores, sensibilizados com o cotidiano de Maria José e filhos, comentaram o drama da família nas redes sociais. Alex, por exemplo, destacou: “Quero fazer o que é obrigação do governo”. Carlos comparou a dificuldade de locomoção da família com os novos veículos do Judiciário: “Ainda troca a frota de carros para atender aos desembargadores”. Filipe elogiou o empenho da mãe: “Fico feliz em saber que ainda existem mulheres como dona Maria José, que honra a maternidade. Parabéns!”..