Os trabalhos de combate a dois focos de incêndio no Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, entre Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima, foram suspensos no início da noite desta quilômetros. Os incêndios atingiram a vegetação da região conhecida como Cachimbo e também na região do Bairro Independência, no Barreiro. O primeiro deles foi controlado pelos militares do Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Estadual de Florestas. O outro será combatido nesta sexta-feira.
Os dois focos começaram a ser combatidos no início da tarde. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas se alastraram no Bairro Mineirão, no Barreiro, próximo à portaria 1 do parque. Outro foco atingiu a vegetação nas proximidades da BR-040, no Bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Grande BH.
De acordo com diretor do parque, Marcus Vinícius Freitas, o combate vai continuar nesta sexta-feira. “Conseguimos controlar a situação no Morro do Cachimbo. No fim da tarde, começamos a fazer o rescaldo. O outro foco ainda teremos que combatê-lo amanhã”, afirmou. As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas a suspeita é de ter sido criminoso. “Todas as causas são ações diretas ou indireta do homem. Não temos condições de verificar isso agora e nem mensurar a área queimada. Estamos concentrados na operação para debelar as chamas”, disse.
A operação de combate contou com o empenho de 50 homens, sendo militares dos bombeiros e brigadistas do IEF. Eles foram auxiliados pelo helicóptero Pégasus, que jogou água com o uso de um cesto no fogo. Caminhões-pipa também foram utilizados.
O retorno da operação ocorre dois dias depois que outro grande incêndio ter atingido o parque. De sábado a terça-feira, mais de 100 homens, entre militares e brigadistas, fizeram o combate às chamas. Análise preliminar aponta que pelo menos 450 hectares de mata foram queimadas. O IEF pretende, nos próximos dias, fazer um sobrevoo na região para calcular a área destruída pelo fogo.
Unidades de conservação
Nesta quinta-feira, militares do Corpo de Bombeiros e brigadistas do IEF fizeram o combate aos focos de incêndio em pelo menos 10 unidades estaduais de conservação. O forte calor e os baixos índices de umidade relativa do ar contribuem para maior intensidade das chamas. Um dos pontos mais críticos continua sendo o Parque Estadual Serra da Boa Esperança, na Região Sul de Minas. Conforme militares, apesar de o fogo estar controlado, o monitoramento continua sendo feito, porque há chances de as chamas voltarem.
Aeronaves jogam água nos focos onde os brigadistas não conseguem chegar. Até ontem, a estimativa era de que 5,9 mil hectares da mata haviam sido atingidos. No Parque Guimarães Rosa, em Montes Claros, os bombeiros também combatem incêndio de grandes proporções nesta quinta.
De acordo com o IEF, também há focos de incêndio nos parques Estadual do Rio Doce, Serra do Cabral, Norte de Minas, Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Região do Alto Jequitinhonha, Serra da Boa Esperança, Serra do Brigadeiro, Estadual de Grão Mogol, Área de Preservação Ambiental (APA) Alto do Mucuri, entre outros.