Um dia depois do arrastão no ônibus em que estavam alunos e funcionários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o clima é de apreensão entre os usuários da linha 5102 (UFMG/Santo Antônio), da qual dependem para se deslocar para o câmpus da Pampulha. Os dois criminosos, que embarcaram em um ponto na área interna da universidade, atacaram quando o coletivo estava na Avenida Presidente Carlos Luz (Catalão), no Engenho Nogueira, Região da Pampulha. Pelo menos oito pessoas tiveram telefones celulares roubados. Em alerta, a Polícia Militar disse que vai monitorar as viagens da linha.
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A caloura de engenharia metalúrgica Luiza Siqueira Magalhães, de 19, contou que sua avó ficou preocupada ao saber do arrastão da noite da quarta-feira. “Eu também fiquei assustada quando li a notícia do assalto. É claro que a gente logo pensa em ter mais cuidado, como não ficar com celular na mão”, ponderou.
O arrastão ocorreu por volta da 20h30 de quarta-feira. Entre os cerca de 30 passageiros, estava o ex-aluno e atual funcionário da UFMG, G.C., de 29, que pediu que não fosse identificado. Ele teve seu smartfone roubado.
O tenente-coronel Marcelo Martins Resende, comandante do 34º Batalhão da PM, que responde pelo policiamento da região, considerou que foi uma ocorrência esporádica, mas admitiu o impacto do caso na comunidade universitária. Ele informou que militares do Serviço de Inteligência vão monitorar as viagens da linha. “Essa modalidade de crime não é comum em nossa área. Mas é um caso em que várias pessoas foram vítimas.
Além de questionar a demora para o registro da ocorrência, G. achou estranho que o motorista do coletivo tenha seguido viagem sem ligar para a polícia. Por meio de nota, a BHTrans informou que o Regulamento do Transporte Coletivo de Passageiros exige que a viagem seja interrompida apenas em casos de comprometimento à mesma como, por exemplo, quando o usuário é ferido ou o veículo danificado. “Nos demais casos, cabe ao usuário acionar os órgãos competentes”, explicou..