A Polícia Civil indiciou por homicídio duplamente qualificado um homem de 48 anos pela morte do ex-namorado, de 33, ocorrida em abril no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a polícia, na época, Plínio dos Santos disse que Márcio José de Paula havia sido vítima de um assaltante, mas exames comprovaram a participação dele no crime, e o suspeito acabou confessando.
Segundo a polícia civil, ao ser levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan), no dia dos fatos, Plínio disse que a casa havia sido invadida por um assaltante que executou o crime. Desconfiados da versão, investigadores da 5ª Equipe de Plantão do DHPP notaram marcas de arranhão no corpo do suspeito e o levaram ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo de delito e recolher material genético.
No IML, os peritos fizeram a retirada de material da unha da vítima para o exame subungueal, que compara material genético. O resultado do exame apontou compatibilidade das amostras colhidas da vítima e do suspeito. Diante das evidências, confrontado pela equipe de policiais civis Plínio assumiu ter matado o ex.
De acordo com a Polícia Civil, Plínio estava em um bar perto de casa quando Márcio chegou ao estabelecimento e começou a dançar com uma amiga. Percebendo que a atitude desagradou o ex-namorado, Márcio resolveu ir para casa. Com ciúmes, o suspeito, junto com um amigo, resolveu ir atrás de Márcio. Ao chegar em casa, Plínio foi para o quarto onde estava a vítima e houve uma discussão. Durante a briga, Plínio pegou uma faca de churrasco e esfaqueou Márcio várias vezes.
Ainda segundo a polícia, Plínio disse que depois de atacar o ex se assustou com o que havia acabado de fazer e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar. No entanto, ele disse aos militares que a casa tinha sido invadida por um assaltante, que acabou esfaqueando Márcio. Segundo a assessoria do DHPP, Plínio deve aguardar o julgamento em liberdade.