Jornal Estado de Minas

Polícia investiga empresário que esganou sua mulher em Lourdes, Região Centro-Sul de BH

Policiais da Divisão de Crimes contra a Vida já investigam as circunstâncias em que o empresário Virgílio José Baptista Cruzeiro, de 53 anos, matou sua mulher, Isabella Tamm Brandão Cruzeiro, de 53. O crime foi na manhã desta quarta-feira, no apartamento em que moravam, na Rua Santa Catarina, no Bairro de Lourdes, área nobre da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com a polícia, o homem se apresentou 15 horas depois, na madrugada desta quinta-feira, na Central de Flagrantes (Ceflan 1), no Bairro Floresta, Região Leste da capital, confessou o assassinato e foi autuado em flagrante.





 

O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Osvaldo Wiermann Junior, informou na noite desta sexta-feira que o auto de flagrante já foi encaminhado à Divisão de Crimes Contra a Vida (DCcV) e que a delegada Ingrid Estevam está responsável pela apuração. “A prisão em flagrante não foi ratificada, sob o argumento de que o autor se apresentou e confessou o crime, que até então era desconhecido", explicou.

 

Depois de contar como tinha esganado sua mulher, Virgílio levou os policiais ao apartamento. O corpo de Isabella estava no chão da suíte do casal, enrolado parcialmente num edredon, com um travesseiro próximo à sua cabeça. O empresário disse em depoimento que a discussão com a mulher começou às 8h desta quarta e que por duas vezes tentou fazê-la calar, colocando a mão sem sua boca. Foi então que, descontrolado, ele apertou o pescoço dela. Ao perceber que Isabella já não respondia, constatou que ela já não tinha batimentos cardiácos.

 

O delegado Luiz Flávio Cotart, chefe da DCcV, explicou que as investigações vão se concentrar inicialmente nos depoimentos de testemunhas, para depois analisar os laudos da perícia e de autópsia. "Serão ouvidas as testemunhas para apurar a motivação do crime. Entre as quais, vizinhos, funcionários, parentes e amigos do casal”, esclareceu Cortat. Há informações de que o casal discutia com frequência, mas contra Virgílio não constam registro de passagens policiais por violência doméstica.