Dois espetáculos encantaram quem olhou para o céu no fim da noite de domingo e início da madrugada desta segunda-feira. A superlua, que já brilhava desde o pôr do sol, começou a ser encoberta durante um eclipse às 22h. Embora os dois casos sejam relativamente comuns, a combinação dos dois ocorreu pela última vez em 1982 e só se repetirá novamente em 2033.
Em Belo Horizonte, uma multidão esteve na Praça do Papa, na Região Centro-Sul, para apreciar os dois fenômenos. Vários casais aproveitaram para levar seus filhos. O trânsito ficou lento na Avenida Afonso Pena e no entorno da praça.
Namorados há dois anos, o técnico em gás natural Leonardo Amaral e a estudante Sabrina Rodrigues saíram de Contagem, na Grande BH, para apreciar o duplo fenômeno na Praça do Papa. "A superlua está linda", disse a moça. "É um ingrediente ao amor", acrescentou o rapaz.
A superlua ocorre quando o astro se encontra em sua máxima proximidade com a Terra, posição que faz com que a Lua esteja ainda maior (em 14%). Essa situação se deve ao fato de a órbita da Lua, que dura 27,32 dias, não ser circular. “Isso faz com que, em algum momento, ela esteja mais próxima da Terra, o que é chamado de perigeu”, explica o doutor em astrofísica e curador de astronomia do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), professor Peter Leroy.
Para entender
Superlua – A trajetória da Lua em torno da Terra – que é elíptica e não circular – faz com que em alguns momentos o satélite esteja mais próximo do planeta, em cada ciclo de aproximadamente 28 dias. A superlua ocorre no momento em que a Lua está cheia e na máxima proximidade com a Terra, posição caracterizada como perigeu.
Eclipse da Lua – Ocorre quando Sol, Terra e Lua estão alinhados, nessa ordem, e com isso o planeta bloqueia a incidência da luz do Sol sobre o satélite, fazendo sombra. Nesse fenômeno, dois cones de sombra são definidos: umbra e penumbra. O eclipse total da Lua ocorre quando a Lua penetra completamente na umbra.
