A Polícia Federal (PF) prendeu 26 pessoas nesta terça-feira durante a operação ‘Cardume’, realizada em Minas Gerais e em outros sete estados, e que teve objetivo de combater o tráfico internacional de drogas que movimentava cerca de R$ 4 milhões por mês com a venda de entorpecentes e com a lavagem de dinheiro. O trabalho envolveu cerca de 230 agentes da PF espalhados pelo Brasil.
De acordo com a Polícia Federal, os chefes da rede assumiam a posição de empresários de ramos diversos, como construção civil e revenda de veículos. O nome da operação, inclusive, faz referência a um negócio, no interior do Ceará, dedicado à piscicultura e usado na lavagem de dinheiro do tráfico.
A rota do tráfico de drogas, segundo Lima, começava na Bolívia, com a compra da pasta base de cocaína. O material era transportado para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em aeronaves de pequeno porte. Desses estados, a droga era transportada camuflada em caminhões até o Ceará e o Rio Grande do Norte. Em abril, a PF encontrou 208 quilos de cocaína escondidos no tanque de combustível de um caminhão no município cearense de Russas (a 167 quilômetros de Fortaleza). Além da Bolívia, a rota também incluía o Paraguai, onde o grupo adquiria maconha.
A partir desses dois estados, a droga era encaminhada para Portugal e Itália. Um dos envios que foi interceptado pela Polícia Federal utilizava garrafas de cachaça para enviar 50 quilos de cocaína para a Europa. As investigações da Polícia Federal começaram em outubro de 2013.
Com informações da Agência Brasil