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Estado de Minas

Operação contra o tráfico em Minas e em outros sete estados termina com 26 presos

Os chefes da rede assumiam a posição de empresários de ramos diversos, como construção civil e revenda de veículos


postado em 29/09/2015 17:06 / atualizado em 29/09/2015 17:09

A Polícia Federal (PF) prendeu 26 pessoas nesta terça-feira durante a operação ‘Cardume’, realizada em Minas Gerais e em outros sete estados, e que teve objetivo de combater o tráfico internacional de drogas que movimentava cerca de R$ 4 milhões por mês com a venda de entorpecentes e com a lavagem de dinheiro. O trabalho envolveu cerca de 230 agentes da PF espalhados pelo Brasil.

De acordo com a Polícia Federal, os chefes da rede assumiam a posição de empresários de ramos diversos, como construção civil e revenda de veículos. O nome da operação, inclusive, faz referência a um negócio, no interior do Ceará, dedicado à piscicultura e usado na lavagem de dinheiro do tráfico.

Ainda segundo a investigação, a rede se subdividia em núcleos que executavam atividades coordenadas – cada um movimentando, pelo menos, R$ 1 milhão por mês. Segundo o delegado Janderlyer Gomes de Lima, havia, pelo menos, quatro núcleos principais, responsáveis pelos tráficos internacional e interestadual, pela lavagem de dinheiro e pela aquisição dos produtos químicos. Um desses produtos é a fenacetina, usada no refino da cocaína para aumentar o rendimento da droga e, com isso, gerar mais lucro. Entre os itens apreendidos na operação de hoje, os policiais federais encontraram uma tonelada dessa substância, além de 15 veículos de luxo.

A rota do tráfico de drogas, segundo Lima, começava na Bolívia, com a compra da pasta base de cocaína. O material era transportado para o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em aeronaves de pequeno porte. Desses estados, a droga era transportada camuflada em caminhões até o Ceará e o Rio Grande do Norte. Em abril, a PF encontrou 208 quilos de cocaína escondidos no tanque de combustível de um caminhão no município cearense de Russas (a 167 quilômetros de Fortaleza). Além da Bolívia, a rota também incluía o Paraguai, onde o grupo adquiria maconha.

A partir desses dois estados, a droga era encaminhada para Portugal e Itália. Um dos envios que foi interceptado pela Polícia Federal utilizava garrafas de cachaça para enviar 50 quilos de cocaína para a Europa. As investigações da Polícia Federal começaram em outubro de 2013.

Com informações da Agência Brasil


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