Jornal Estado de Minas

Pedestre morre atropelado na BR-040, no Bairro Veneza, e trânsito fica congestionado

Uma pessoa morreu atropelada na BR-040, em Ribeirão da Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O pedestre foi atingido por um automóvel, no fim da tarde desta quarta-feira, próximo ao Bairro Veneza, no quilômetro 508 da rodovia. Viaturas da Polícia Militar (PM) ficaram paradas, ao longo da BR-040, para evitar arrastões e garantir a segurança dos condutores.

O porteiro do condomínio Vale do Ouro, Daniel Dias, de 57 anos, disse que diariamente os acidentes causam complicações no local. O imóvel fica em frente ao ponto onde o pedestre foi atropelado por um Corsa, por volta das 16h45. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), devido à gravidade do acidente, a pista ficou interditada parcialmente no sentido Belo Horizonte/Sete Lagoas. Ainda segundo a PRF, a via foi liberada às 18h40, quase duas horas após o acidente.

A concessionária Via 040, que administra o trecho da rodovia, informou que está prestando atendimento à ocorrência. O trânsito ficou lento, principalmente no sentido em que aconteceu o acidente, e o congestionamento chegou a 8 km. A retenção chegou ao Bairro San Marino, também em Ribeirão das Neves.

O cabeleireiro Rogério Santos, de 38 anos, reclama do atraso nas linhas de ônibus, causado pelo trânsito carregado.
"Muitos ônibus que passam aqui nem param e quando param é aquela burocracia", diz. Ele também alega que esse tipo de problema é recorrente no local. "Quando não é acidente, é protesto ou atropelamento", conta.

A psicóloga Dalila Nunes Otoni, de 45 anos, diz que a situação no local é muito complicada e que o trecho precisa urgentemente de uma passarela. "Os pedestres só atravessam quando alguns motoristas dão condições. É muito difícil, temos que ter muita tranquilidade", argumenta Dalila que vai de Sete Lagoas ao Bairro Veneza, pelo menos duas vezes na semana, para realizar atendimentos.

Reincidência e Protestos


O trecho do acidente na BR-040, próximo ao km 508, é palco constante de atropelamentos com mortes. As famílias  de moradores da região pedem a construção de uma passarela na altura do km 507 da rodovia, onde, há duas semanas, uma mulher e a filha dela morreram atropeladas por um carro quando passeavam de bicicleta.

No último dia 16, após o acidente que matou a dona de casa Dalila, de 37 anos, e a menina Yasmin, de 7, centenas de pessoas foram para a rodovia e colocaram pedaços de madeira e pneus nas pistas. O protesto durou mais de duas horas e longas filas se formaram nos dois sentidos da estrada..