Se o Uber quiser operar em Belo Horizonte, terá que usar a mão de obra dos taxistas que já trabalham na capital. É isso que está previsto no projeto que será entregue na tarde desta quinta-feira ao prefeito Marcio Lacerda, propondo a regulamentação do transporte particular de passageiros por meio do aplicativo em Belo Horizonte. A versão final do documento, que teve uma última avaliação na manhã de hoje, na sede da BHTrans, no Bairro Buritis, confirma o que foi antecipado na semana passada pelo Estado de Minas.
Para resolver os casos de conflitos, agressões, ameaças e apreensões, o projeto prevê a incorporação dos motoristas ligados a aplicativos ao sistema de táxi da capital. Com isso, cerca de 600 novas permissões serão licitadas, sendo 300 para táxis especiais e nos moldes do Uber que poderão cobrar tarifas diferenciadas. Com isso, a frota de táxis da capital passará para 7.500 carros. O vereador Valdivino(PPS), que participou da elaboração do projeto, afirmou que "está nas mãos do prefeito Marcio Lacerda o futuro do serviço do Uber. Basta encaminhar a proposta à Câmara para que ela seja apreciada rapidamente".
O vereador Wagner Messias, o Preto (DEM), que também participou da reunião na sede da BHTrans, voltou a defender o projeto, reafirmando o que havia dito ao EM na quarta-feira: "A proposta é benéfica para a capital. Quem ganha mesmo é a cidade. A fiscalização vai aumentar e os motoristas terão que melhorar os serviço. Todos eles serão avaliados", opinou.
Preto acredita que em 10 dias o prefeito Marcio Lacerda vai concluir a análise do projeto e enviá-lo para a Câmara. No Legislativo, a proposta vai passar por três comissões antes de ser votada em dois turnos. A empresa Uber informou que somente irá se pronunciar quando as informações do projeto forem oficializadas.