A visita da consultora venezuelana María Eugenia Bacci, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), à Pampulha, em Belo Horizonte, deixou autoridades federais, estaduais e municipais com muita confiança e esperança na conquista do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). “Estamos muito otimistas, pois o resultado é muito positivo”, disse nesta sexta-feira o prefeito de BH, Marcio Lacerda, ao fazer um balanço das obras na região da Pampulha.
“Os serviços estão bem adiantados, e não precisam estar concluídos para o título vir para a Pampulha", informou o prefeito. Ele disse que a PBH está em entendimento com o Iate Tênis Clube, na Avenida Otacílio Negrão de Lima, para demolição de um andar da construção, que descaracteriza o projeto original de Oscar Niemeyer (1907-2012), restauração do prédio e dos jardins. Ao mesmo tempo, a Copasa deverá terminar, até junho do ano que vem, quando a Unesco divulgará o resultado em Istambul, Turquia, 95% das redes de esgoto em imóveis da capital e do município vizinho de Contagem.
A Pampulha está na lista indicativa do Brasil desde 1996 e sua candidatura a patrimônio cultural da humanidade foi retomada pela PBH em dezembro de 2012. O conjunto arquitetônico inclui os edifícios e jardins da Igreja de São Francisco de Assis, o Museu de Arte, antigo cassino, Casa do Baile (atual Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte), Iate Golfe Clube (hoje Iate Tênis Clube), construídos quase simultaneamente entre 1942 e 1943, além a residência de Juscelino Kubitschek (atual Casa Kubitschek), datada de 1943. Entre os que deixaram sua marca na Pampulha, está o nome do pintor Cândido Portinari (1903-1962).