Uma das regiões de comércio mais vibrantes e tradicionais de Belo Horizonte, a Savassi das lojas de grife, dos bons restaurantes e da intensa movimentação de pessoas volta a sofrer com a falta de segurança. Depois de um mês de alívio conseguido com a prisão de uma quadrilha especializada em arrombamentos que agia na região, os furtos a lojas durante a noite voltaram a ocorrer. O último caso foi o da loja do estilista Ronaldo Fraga, na madrugada de sexta-feira, na Rua Fernandes Tourinho. De acordo com outros lojistas, donos de restaurantes e clientes que vão à Savassi, a situação é mais complicada à noite, com arrombamentos de veículos e achaques e ameaças dos flanelinhas, mas também há casos de assaltos à mão armada durante o dia.
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Segundo o diretor, que também é lojista na região, outras medidas são necessárias para melhorar a segurança na Savassi, mas que dependem de investimento do poder público, para o qual ainda não há sinalização.
Apesar de reclamar da situação de insegurança, Alessandro Runcini faz questão de destacar que a vida diurna na Savassi é tranquila e que as compras de fim de ano não serão comprometidas por falta de segurança.
CLIMA DE MEDO Moradora do Bairro Sion (Centro-Sul), a advogada Cristina Magalhães, de 58, diz ir à Savassi quase que diariamente. “Já vi várias pessoas sendo assaltadas na minha frente. A gente fala com os comerciantes e eles nos dizem que a polícia prometeu mais segurança. Melhora por um tempo, mas depois tudo volta a acontecer”, queixou-se. A vendedora Priscila Nara Moreira Barros, que trabalha em uma loja na Rua Antônio de Albuquerque, relata que o clima de medo aumenta à noite. “De dia, tem movimentação de gente para lá e para cá.
No dia do furto em sua loja, Ronaldo Fraga teve um prejuízo de aproximadamente R$ 60 mil com as peças levadas pelos criminosos, além da destruição da vitrine. Os bandidos entraram encapuzados e levaram cerca de 40 peças da grife do estilista. Na ocasião, ele denunciou o aumento da violência na região e disse estar mais preocupado com o pequeno lojista do que com o seu próprio caso. “O problema são os pequenos comerciantes, cuja economia é o próprio negócio. Pessoas que têm suas economias aplicadas no próprio comércio e que estão padecendo por falta de segurança.
A PM rebate as denúncias de insegurança na Savassi e diz que os casos de arrombamentos são pontuais. “Não temos criminalidade violenta na região e estamos com queda nos furtos e crimes violentos em todo o perímetro da Avenida do Contorno. Os casos que ocorrem na Savassi são pontuais, mas geram comoção popular por ser nessa região”, afirma a tenente Luana Pontes, comandante do Setor Savassi do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Segundo ela, a corporação mantém o policiamento diuturnamente na região, com estratégias voltadas para a proteção de comerciantes, moradores e pessoas que passam pelo lugar..