Basta entrar em estabelecimentos comerciais da Savassi para tomar conhecimento das histórias de violência ocorridas na região e que as pessoas fazem questão de contar. É o caso de Wilmar Saraiva, de 62 anos, que somente este ano teve sua lanchonete arrombada duas vezes, em março. “A impunidade é responsável por casos como o meu. Vou começar a fechar mais cedo, pois, até agora, foi arrombamento, mas temo por algo pior”, alertou Wilmar. Funcionária da lanchonete, Marcilene Alves, de 52, também tem medo. “Me apego a São Jorge como protetor.Principalmente na hora de fechar, à noite, há sempre uma maior preocupação, pelo tanto de roubos que a gente fica sabendo que ocorre aqui na Savassi”, completou Marcilene.
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A gerente financeira Wanderlúcia Oliveira Brito há um ano trabalha em um prédio na Rua Fernandes Tourinho. Para ela, nos últimos três meses, a situação ficou mais crítica.
O recepcionista J., de 45, trabalha há seis anos em um hotel no coração da Savassi. “A situação só vem piorando, principalmente, em relação ao furto em veículos. A gente vê os caras quebrando vidros de carro bem perto e não dá para falar nada. Já vi um com tornozeleira eletrônica, que deve estar em liberdade condicional, furtando objetos dentro de um veículo.” Funcionários e frequentadores de uma academia na Rua Fernandes Tourinho afirmam que todas noite carros são arrombados no local. “Policiamento aqui é coisa rara. Hoje (sexta-feira) tem viatura ali depois que arrombaram a loja do Ronaldo Fraga.”
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