(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Jovem que matou fiscal de ônibus em BH confessa crime e não se diz arrependido

Lucas Gomes de Oliveira, o Luquinha, de 20 anos, se apresentou nesta terça-feira à polícia. Ele será indiciado por três crimes e, se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão


postado em 06/10/2015 16:53 / atualizado em 06/10/2015 17:41

Luquinha afirmou que comprou a arma do crime na Praça Sete por R$ 700(foto: Reprodução / TV Alterosa)
Luquinha afirmou que comprou a arma do crime na Praça Sete por R$ 700 (foto: Reprodução / TV Alterosa)

“Ninguém bate na cara de homem”. Foi com essas palavras que Lucas Gomes de Oliveira, o Luquinha, de 20 anos, confessou ter assassinado a tiros o fiscal de linha Webert Eustáquio de Souza, de 33, dentro de um ônibus na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Ipiranga, Nordeste de BH, na última quinta-feira. O jovem se apresentou à polícia nesta terça-feira por volta das 11h. Durante depoimento, mostrou frieza e falou que não está arrependido no crime, segundo o delegado Emerson Morais, responsável pelo caso. Lucas será indiciado por três crimes e, se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

Depois de cometar o assassinato, Lucas fugiu para Antônio Dias, no Vale do Rio Doce, onde tem familiares. Ele estava foragido desde sexta-feira quando a Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão. Com as intensas buscas, o jovem decidiu se entregar na manhã desta terça-feira no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Junto com advogados, prestou depoimento e confessou o crime. “Ele disse que ninguém bate na cara de homem e que não ficou arrependido em nenhum momento”, conta o delegado Emerson Morais.

Webert de Souza foi baleado e morreu no início da manhã da última quinta-feira, depois de pedir a Lucas, que estava sentado na parte dianteira do coletivo, que pagasse a passagem. O homicídio ocorreu dentro de um ônibus da linha 1502 (Vista Alegre/Guarani) que trafegava na Avenida Cristiano Machado, no Bairro Ipiranga, Região Nordeste da capital.

No dia anterior, Lucas já tinha se envolvido em uma briga com fiscais por se negar pagar a passagem. A confusão aconteceu na Rua Jacuí dentro de um veículo da linha 1509. “Neste dia, os fiscais agrediram o jovem mesmo depois do amigo dele afirmar que pagaria as passagens. Os funcionários confessaram as agressões em depoimento”, afirma o delegado.

No mesmo dia, o atirador contou que foi até a empresa dos fiscais durante a tarde e não foi atendido por ninguém. A noite, foi até a Praça Sete onde disse ter comprado o revólver calibre 38 usado no crime. “Ele afirmou que pagou R$ 700 pela arma”, diz Emerson Morais.

Fiscal foi morto a tiros dentro de um ônibus na Avenida Cristiano Machado(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press )
Fiscal foi morto a tiros dentro de um ônibus na Avenida Cristiano Machado (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press )


Na quinta-feira, dia do homicídio, o jovem levou a arma. Quando o ônibus em que ele estava parou ao lado de um hotel na Avenida Cristiano Machado, novamente os fiscais ficaram frente a frente com ele. Segundo as investigações, os funcionários perguntaram se o jovem iria pagar a passagem porque não iria ter confusão. Lucas conta que se dirigiu até a roleta, sacou a arma e atirou seis vezes contra Webert, que morreu na hora. Outras duas pessoas foram atingidas. A vítima o tinha segurado durante a confusão na véspera do crime.

Ao confessar o crime. O jovem mostrou frieza que surpreendeu o delegado. “Quando questionei a ele que a vítima era um pai de família que tem quatro filhos, disse que ele deveria ter pensado nisso antes de bater na cara de homem”, conta o delegado. Lucas será indiciado por homicídio qualificado, por motivo fútil e por meio que dificultou a defesa da vítima, tentativa de homicídio e crime de perigo comum.

Assista a reação dos passageiros no momento do assassinato:



receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)