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Estado de Minas

Belo Horizonte seguirá recomendações da ONU para evitar desastres durante período chuvoso

Terceira Conferência Mundial para a Redução de Riscos de Desastres servirá de base para a Defesa Civil da capital. Coronel Alexandre Lucas ressalta preocupação com a vida das pessoas que vivem na Rua Sustenido, no Serra


postado em 06/10/2015 17:28 / atualizado em 06/10/2015 17:59

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A press)
O início de outubro e a possibilidade da chegada das chuvas em Belo Horizonte já começam a preocupar a população e as autoridades. A capital tem histórico de enchentes e diversos pontos de inundação, que tradicionalmente, voltam a ser tema de discussões nos últimos meses do ano. Por conta disto, em 2015, a cidade vai seguir recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar desastres provocados pela chuva.

Conforme o coronel Alexandre Lucas, da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), a Terceira Conferência Mundial para a Redução de Riscos de Desastres, realizada durante o mês de março, em Sendai, no Japão, servirá de base para as tomadas de decisões neste período de chuvas em Belo Horizonte. “Estamos aprimorando nosso plano de contingência, incluímos o Corpo de Bombeiros e melhoramos nosso intercâmbio com associações de reservistas e grupos de escoteiros. Tudo isto para facilitar e melhorar o trabalho em casos de chuvas fortes”, disse.

Na segunda-feira, foi feita a primeira reunião do Grupo Executivo de Áreas de Risco (Gear) para apresentação das perspectivas do trabalho no período chuvoso. Um dos pontos que sempre sofre com alagamentos em BH é a Avenida Tereza Cristina, onde será feito um trabalho com voluntários em parceria com moradores, para que a via seja fechada em casos extremos. “É uma inovação que também faz parte das orientações feitas pela ONU”, afirma o coronel Alexandre.

As reuniões do Gear serão realizadas semanalmente, até o final de março de 2016. Elas integram a estratégia de segurança da Prefeitura para o enfrentamento do período chuvoso, permitindo o monitoramento e o balanço sistemático do que ocorre na cidade durante a temporada. A perspectiva para este ano, de acordo com o meteorologista Heriberto dos Anjos, da PUC Minas, é de altas temperaturas com pancadas de chuva no final da tarde e início da noite, uma vez que estamos sob influência do fenômeno climático El Niño, que atua no Pacífico Equatorial.

As redes sociais também terão um papel importante na preparação e prevenção de enchentes. Conforme a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, serão emitidos alertas via SMS e pelas redes sociais. “Os 80 pontos de risco já conhecidos pelas autoridades continuam valendo. Estaremos sempre alimentando nossas plataformas para interagir com a população. Um ponto que no preocupa muito é a Rua Sustenido, no Bairro Serra, Região Centro-Sul da cidade. O local foi ocupado irregularmente e, apesar de nossas medidas, não obtivemos êxito para retirar as pessoas de lá. A vida delas nos preocupa muito”, afirmou o coronel.

PROTEÇÃO EM TRÊS EIXOS

Ainda segundo o coronel Alexandre Lucas, a população deve se manter atenta durante este período de chuvas e se prevenir. Para ele, existem três eixos que devem ser seguidos. “O primeiro deles é a autoproteção. Cada um é responsável em contribuir com a cidade. Não devemos jogar lixo em bueiros, tentar atravessar enxurradas ou andar pela correnteza. O segundo é a proteção comunitária, ou seja, alertar os vizinhos e o último proteção pública: acionar os bombeiros e verificar trincas em paredes, queda de árvores, etc”, afirmou.


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