O estupro de uma adolescente de 14 anos portadora de paralisia cerebral grave é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). O caso aconteceu dentro do Hospital Infantil João Paulo II, referência em tratamento pediátrico no estado, no mês passado. De acordo com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), a médica responsável pelo atendimento identificou o problema e comunicou o fato à direção da unidade.
Um boletim de ocorrência foi registrado e o caso passou para a Depca. Um inquérito para apurar o caso foi aberto pela Polícia Civil logo em seguida. O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso. A Fhemig informou que a garota passou por uma avaliação médica que confirmou os abusos. A mãe da paciente foi comunicada logo após o ocorrido.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, a mãe criticou a demora na apuração. "Não estou vendo respostas. Pelo que a médica passou para mim, até ela está muito indignada com o que aconteceu. Quero que descubram quem foi", afirmou. A mulher contou que, em 23 de novembro do ano passado, levou a filha para a unidade hospitalar, depois que a adolescente sofreu uma parada cardíaca. Apesar do episódio, ela afirma que a paciente vinha sendo bem atendida no João Paulo II. A mulher contou ainda que foi informada por telefone pela médica que acompanhasobre sua filha a violência sexual.
A criança tem um quadro de paralisia cerebral grave e continua internada no Hospital João Paulo II. A Fhemig afirmou que acompanha a investigação e que a diretoria do hospital tem fornecido todas as informações necessárias.
O caso está sendo investigado pela delegada Isabela Franca. Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, ela informou que já ouviu mais de 20 pessoas sobre o caso. O resultado de corpo de delito na garota ainda é aguardado. O exame coletou material para tentar identificar o suspeito do crime.