Minas Gerais está sofrendo com a combinação de falta de chuva, calor e o aumento no consumo de água. Nesta terça-feira, pelo menos mais quatro municípios atendidos pela Copasa adotaram sistema de rodízio no abastecimento. Segundo a companhia, Mato Verde e Catuti, no Norte do estado, Divino das Laranjeiras e Tumiritinga, na Região do Vale do Rio Doce, estão sendo abastecidas com restrições. Os municípios de Ubá, Astolfo Dutra e Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, já trabalham com 'medidas emergenciais' desde o dia primeiro de outubro. A cidade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, pode ser a próxima a amargar o sistema de contenção.
A companhia adotou os cortes, nesta terça-feira, em pelo menos mais quatro cidades mineiras. Segundo a Copasa, a situação é causada pelo prolongado período de estiagem nas bacias hidrográficas que abastecem os municípios que, somado ao aumento do consumo de água devido ao forte calor, faz com que o abastecimento fique prejudicado. São Geraldo de Tumiritinga, no município de Tumiritinga, terá o abastecimento interrompido nos próximos dia 08 e 10 (quinta-feira e sábado, respectivamente).
Em alguns bairros de Mato Verde e no Distrito de São João do Bonito os registros serão fechados durante a maior parte do dia. Já em Catuti, a região que dá saída para a cidade de Mato Verde também ficará sem água. O município de Divino das Laranjeiras também adotou rodízio para "garantir o abastecimento mínimo em todas as partes da sede municipal, incluindo as partes mais altas."
Na última quinta-feira, outros três municípios de Minas Gerais adotaram sistema de rodízio de água por conta da longa temporada de seca que atinge o estado. De acordo com a Copasa, Visconde do Rio Branco, Astolfo Dutra e Ubá, na Zona da Mata, foram drasticamente prejudicadas pela estiagem em 2015. Para garantir o abastecimento de água nestas cidades, a empresa decidiu estabelecer um sistema de rodízio que começou neste primeiro dia de outubro. A Copasa não informou o número total de cidades que estão com restrições no abastecimento nesta terça-feira.
Grande BH
Apesar da garantia da Copasa de que o fantasma do racionamento está afastado até 2016 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a promessa não foi suficiente para evitar que moradores da Região de Venda Nova sofram com dias seguidos de torneiras secas. Com cortes no abastecimento, consumidores revoltados protestaram na tarde dessa segunda-feira fechando ruas e ateando fogo a pneus e pedaços de madeira em pelo menos dois dos quatro bairros afetados.
Em nota, a Copasa informou que o fornecimento de água na parte alta da regional Venda Nova, em Belo Horizonte, foi normalizado na tarde desta terça-feira. Segundo a companhia, historicamente, a parte alta da regional tem problemas de abastecimento quando ocorre altas temperaturas, o que ocasiona um consumo maior do que o habitual. A empresa garantiu que, até o final de outubro, concluirá as obras que solucionarão definitivamente a situação. Ainda conforme o texto do comunicado, não há alterações no abastecimento de água em Lagoa Santa e Santa Luzia.