Há poucos meses de completar 118 anos, Belo Horizonte já começou a festejar. Nesta quarta-feira, o acervo da Comissão Construtora da Nova Capital de Minas, que reúne documentos que deram origem a Belo Horizonte, foi aceita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para integrar o programa memória do mundo. Agora, todos os registros documentais inscritos na lista tem valor de patrimônio documental da humanidade.
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Anexo do Iate Clube ameaça título de patrimônio cultural da Pampulha"O resultado é muito positivo", diz Lacerda sobre visita de representante da Unesco à PampulhaPoluição da lagoa e anexo de clube são desafios para Pampulha virar patrimônio da humanidade Casa Kubitschek vai ganhar novo espaço em fevereiroTotens com dados sobre imóveis, famílias e visitantes ilustres serão instalados em BHEscolha de BH como capital foi marcada por manipulação do uso do regimento do congressoProcessos do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais viram memória mundialFundação comemora reconhecimento de acervo documental de BH pela UnescoEstudante que demorou 10 anos para ter diploma reconhecido vai receber R$ 15 milO acervo contém documentos administrativos, contábeis e técnicos que registram o processo histórico de planejamento urbano e de construção de Belo Horizonte. A comissão era chefiada pelo engenheiro Aarão Reis e a equipe de arquitetos e urbanistas, trabalharam entre 1894 e 1897, data da inauguração da cidade.
A documentação que mostra o planejamento da capital mineira foi dividida entre o Arquivo Público Mineiro, o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte e o Museu Histórico Abílio Barreto. Entre 2001 e 2004, as três instituições fizeram o projeto Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital, que consistiu na microfilmagem e digitalização de toda a documentação e na construção de uma base de dados comum, reunindo todos os registros em um único sistema de busca. O acervo vai ser apresentado na tarde desta quarta-feira pela Fundação Municipal de Cultura.
A expectativa, agora, é para o título de Patrimônio da Humanidade da Pampulha. Na última semana, a consultora venezuelana María Eugenia Bacci, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos) fez uma visita técnica em Belo Horizonte. Autoridades federais, estaduais e municipais ficaram esperançosos e confiantes em conquistar o título. “Estamos confiantes e otimistas, pois o resultado desses últimos quatro dias é muito positivo”, disse, nessa sexta-feira, o prefeito Marcio Lacerda, ao falar sobre o trabalho já executado na região para preservação do conjunto moderno, da década de 1940, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), e a despoluição do espelho d’água, no qual são lançados esgotos de domicílios da região e do município vizinho de Contagem.