Com citações ao Clube da Esquina e a outros artistas mineiros, o prefeito Marcio Lacerda vetou integralmente, nesta quarta-feira, a proposta que alteraria a "Lei do Silêncio", regulando o controle do barulho na área externa dos bares de Belo Horizonte após as 23h. Como razões para o veto, o texto assinado pelo prefeito cita que a proposição de Lei nº 78/15, que "dispõe sobre o controle de ruídos, sons e vibrações e dá outras providências", seria prejudicial à economia e ao patrimônio material e imaterial da "capital mundial dos botecos".
A prefeitura menciona a identidade da capital mineira, os músicos formados na cidade e os estabelecimentos que funcionam há anos em Belo Horizonte. "Os bares e restaurantes da cidade encarnam de modo muito simbólico a alegria, a hospitalidade e a cultura do povo mineiro e constituem, além de uma extraordinária forma de expressão cultural, um potente atrativo turístico, capaz de movimentar a economia local e de consolidar a cidade como espaço ideal para o encontro, o lazer e a qualidade de vida."
"E esse traço identitário da capital mineira forjou-se ao som da música em todas as suas vertentes desde o Clube da Esquina, movimento que revelou uma geração privilegiada de compositores e intérpretes como Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e Beto Guedes, dentre outros tantos, até bandas iconicas do cenário do rock´n roll como Sepultura, Pato Fu, Skank e Jota Quest, a cidade cresceu em cultura e personalidade, diante de um casamento perfeito entre três de suas maiores paixões: a música, uma boa conversa e uma saborosa comida. (...) a cidade cresceu em cultura e personalidade, diante de um casamento perfeito entre três de suas maiores paixões: a música, uma boa conversa e uma saborosa comida", ressalta o texto.