Documentos que contam parte importante da história de Minas rompem fronteiras e se tornam patrimônio da humanidade. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) reconheceu a importância do acervo de processos judiciais do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) referente a doenças ocupacionais na mineração, no estado, entre 1941 e 2005, e o inscreveu no Programa Memória do Mundo. “Estamos muito felizes, pois a documentação reunida em 64 anos, bem preservada, é de interesse da ciência, cultura, sociologia, saúde pública, comportamento e de outras áreas do conhecimento e da sociedade”, comemorou, ontem, a presidente da instituição, desembargadora Maria Laura Franco Lima de Faria.
Entre os 10 agraciados no país este ano pelo Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco (MowBrasil), Minas recebeu dupla premiação, pois, além do TRT-MG/3ª Região, foi selecionado o Acervo da Comissão Construtora da Nova Capital (Belo Horizonte – 1890-1903), apresentado pelo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) e Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), ambos vinculados à Fundação Municipal de Cultura (FMC) e Arquivo Público Mineiro da Secretaria de Estado da Cultura.
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Segundo o TRT, o diferencial do material está num tema específico: as condições de trabalho na mineração e as doenças profissionais delas decorrentes.