Familiares das vítimas informaram que o impacto da queda foi forte. A cauda da aeronave foi parar a aproximadamente 500 metros do local. Os destroços estão em uma área entre Santa Bárbara e Catas Altas, na Região Central de Minas Gerais. As peças se concentram em fendas da montanha, o que dificulta o trabalho das equipes para a localização dos corpos. As causas do acidente ainda serão apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáuticos (Cenipa) e a Polícia civil.
A aeronave era pilotada por Fausto Mesquita, que estava acompanhado de João Paulo Gomes Araújo, de 26 anos, proprietário do monomotor e que também é piloto. O avião decolou do Aeroporto de Caratinga as 11h30 de terça-feira com destino a Pará de Minas, no Centro-Oeste do estado, onde deveria ter chegado às 13h. Somente às 17h, o Comando Aéreo Regional (Comar), de Belo Horizonte, foi informado do desaparecimento.
Em entrevista ao em.com.br, o piloto Dennis Campos, que mora em Belo Horizonte, amigo dos tripulantes, contou que os dois moram em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Ele confirmou que o avião estava com o documento Inspeção Anual de Manutenção (IAM) vencido em agosto. “É por isso que não poderiam fazer o plano de voo. Estavam indo para o aeroporto de Pará de Minas para renovar a documentação. E para isso, teriam que levar a aeronave, porque lá os mecânicos olham e deixam tudo pronto para o voo. Além disso, parece que já havia lá um possível comprador para a aeronave”, contou o amigo.
Desde quarta-feira, militares da FAB começaram as buscas com a aeronave SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano. Na quinta-feira, um helicóptero do Corpo de Bombeiros seguiu para Serra do Caraça, em Catas Altas, na Região Central de Minas, onde iniciaram as buscas. Somente nesta sexta-feira conseguiram encontrar os destroços. Ao todo, foram realizados mais de 20 horas de voo e a área coberta pelo avião foi superior a 2,5 mil quilômetros quadrados.