Enfermeiros e técnicos de enfermagem do Hospital João XXIII cruzaram os braços nesta terça-feira. A categoria se reuniu na porta da unidade de saúde onde fizeram um protesto nesta manhã. A paralisação vai continuar até, pelo menos, a próxima quinta-feira. Os funcionários pedem melhor condições de trabalho, redução da carga horária e reclamam da falta de diálogo com o governo. Mesmo com o ato, os pacientes continuaram sendo atendidos, segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig).
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Contratação de enfermeiros para o Hospital do Barrreiro é paralisada Equipes de enfermeiras ajudam mulheres a dar à luz no conforto de casaTécnica de enfermagem consegue na Justiça 60 dias além da licença-maternidadeMédicos do Hospital da Baleia fazem paralisaçãoA categoria denuncia que com o acúmulo no serviço, alguns erros nos procedimentos estão ocorrendo. “Já tivemos casos de medicação errada que não trouxe problemas para o paciente, pois foi descoberto rapidamente, remédios entregues em horários errados, curativos não estão sendo trocados corretamente, entre outros. Tudo isso por causa da falta de funcionários. Para se ter uma ideia, um enfermeiro toma conta, normalmente, de quatro leitos cada. Atualmente, estão tendo que cuidar de oito”, afirma Carlos Martins.
Segundo a Asthemg, a falta de funcionários está acontecendo por causa de pedidos de demissão por parte de enfermeiros por causa dos baixos salários. Além disso, afirma que o governo não está cumprindo alguns acordos da última paralisação, entre eles a redução da carga horária proporcional com o salário.
Em nota, a Fhemig informou que o atendimento segue normalmente no Hospital João XXIII. Disse, ainda, que realizou dois processos seletivos em setembro e outubro deste ano para contratação imediata de 150 técnicos em enfermagem e enfermeiros e mais formação de cadastro de reserva para unidades da capital e interior. No processo, mais de 4 mil profissionais fizeram a inscrição. .