Andar por ruas e avenidas da capital mineira e de cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte pode ser considerado um risco para pedestres por causa do aumento da violência. De janeiro do ano passado até maio deste ano os roubos a transeuntes correspondem a metade dos casos de assaltos registrados em Contagem, Betim, Sete Lagoas, Ribeirão das Neves, Santa Luzia e BH. Juntas, as cidades respondem a 21% dos roubos consumados e tentados em Minas Gerais.
Os dados divulgados nesta terça-feira fazem parte dos Diagnósticos de Incidência de Roubos produzidos pela Secretaria de Estado de Defesa Social, por meio do Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds). A situação mais crítica é em Contagem, que registrou 11% dos roubos consumados e tentados do Estado nos 17 meses pesquisados.
A Avenida João César de Oliveira, na região do Bairro Eldorado, concentrou 12,5% das ocorrências de roubos consumados e tentados da cidade. A área de quatro quilômetros quadrados corresponde a 2% do município. Outras vias escolhidas pelos criminosos são a Alvarenga Peixoto, que teve 4,89% dos crimes, Tito Fulgêncio, com 2,68%, e Água Branca, com 2,31%. Na maioria dos assaltos, os bandidos utilizaram armas de fogo.
Betim registrou 5,1% dos roubos consumados e tentados em Minas Gerais. Na cidade, a maior incidência foi na Região Central, com 9,54% das ocorrências, seguida no Bairro Jardim das Alterosas, Laranjeiras e São Caetano. O pedestre foi vítima em 54,2% dos casos nas vias onde aconteceram o maior registro de roubos.
Ainda na Grande BH, Ribeirão das Neves respondeu por 1,4% dos registros de roubos consumados e tentados do Estado, e Santa Luzia 1%. Sete Lagoas, na Região Central, contribuiu com 2,4% dos assaltos do Estado. Do total, 34% foram aconteceram na Prça Barão do Rio Branco.
Em Belo Horizonte, a maioria dos assaltos a pedestres aconteceram no Hipercentro. As ocorrências se concentram na Avenida Afonso Pena com Amazonas, Avenida dos Andradas e nas proximidades das avenidas Paraná e Santos Dumont.