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Diretora de escola é agredida por mãe de aluna em ContagemProfessores são exonerados por assédio e abuso sexualA pesquisa indica ainda que, em Minas, 2,3% dos entrevistados disseram ter sido vítimas de atentado à vida e 11,5% relataram ameaças. Outra questão levantada foram os furtos nas escolas. Em Minas, 11,4% dos profissionais entrevistados relataram que tiveram objetos furtados. Para o pesquisador Vinícius Couto, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), da UFMG, o que ocorre nas instituições de ensino é reflexo da criminalidade no estado como um todo.
Casos de violência são frequentes em escolas de Belo Horizonte. No mês passado, chamou a atenção de autoridades a história de uma aluna de 12 anos da Escola Municipal Fernando Dias Costas, no Bairro Taquaril, na Região Leste da capital, que levou uma faca na mochila para agredir uma colega de 11 anos. A garota agarrou a vítima pelos cabelos e só não a esfaqueou porque um guarda municipal da prevenção escolar conteve a agressora.
Para Vinícius Couto, é preciso foco maior em políticas de prevenção. “Geralmente, quando se fala sobre violência nas escolas a tendência é de que as pessoas pensem em maior segurança, em colocar mais policiais, seguranças particulares, grades e câmeras de monitoramento. Mas o importante é abrir a escola para que a população tome aquilo como algo pertencente à própria comunidade”, defende.
PROGRAMA O coordenador de Educação em Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Estado de Educação, Anderson Cunha Santos, disse que o governo prepara um projeto específico para tratar a questão da violência nas escolas, o Programa de Convivência Democrática (PCD).
Já o coordenador do Programa Rede pela Paz, da Secretaria de Educação de Belo Horizonte, Cristiano Paulino Leal, disse que o combate à violência é uma função dos órgãos de segurança pública, e que a prefeitura também trabalha com prevenção. “A secretaria se preocupa com a prevenção e a formação do corpo docente, dos alunos e da comunidade escolar como um todo. Trabalhamos com prevenção e informação”, disse.
Segundo ele, o Programa Rede pela Paz está dentro de um projeto maior, que monitora a frequência escolar dos estudantes da rede municipal.