O Uber não aceita ser transformado em um aplicativo de táxi, conforme prevê projeto de lei elaborado por comissão criada pela Prefeitura de Belo Horizonte, considera a proposta inconstitucional e planeja ampliar sua atuação na capital mineira e em outras cidades do país, trazendo para o Brasil mais uma modalidade de serviço, o Uberpool. A empresa de tecnologia também admite recorrer à Justiça caso o projeto de lei seja aprovado da maneira como foi redigido, mas disse que, por enquanto, não vai queimar etapas e prefere aguardar o desenrolar da situação para definir como agirá mais à frente. A empresa confirmou que já pediu uma audiência com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), mas ainda não obteve resposta.
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Uber considera projeto de regulamentação de aplicativos da PBH inconstitucionalComo a PBH, São Paulo propõe unir Uber a táxiLíder do governo conta com o apoio da base para aprovar projeto do Uber em BHTaxistas fazem carreata para cobrar aprovação do projeto que regulamenta o UberBHTrans estuda punir taxistas que agredirem passageiros ou motoristas do UberProjeto que regulamenta o Uber avança no Senado e pode atropelar proposta da PBHTaxistas cobram rapidez em projeto que põe Uber sob controle da BHTransTaxista e motorista do Uber brigam em Belo HorizonteSobre o Uberpool, Guilherme Telles explicou que o serviço já existe em alguns dos 61 países onde a empresa atua, e funciona da seguinte forma: duas pessoas, indo para locais diferentes, podem compartilhar o mesmo carro e dividir o custo da corrida, desde que o tempo de trajeto entre um local de desembarque e o outro não seja maior que cinco minutos.
O executivo acrescentou, no entanto, que não há prazo para que a nova modalidade de transporte comece a operar no Brasil. Além do Uberpool, outros serviços como o Uber van, Uber pop, Ubereats (delivery de comida) e Uber bike (transporte de documentos) já estão em funcionamento no exterior, mas sem qualquer previsão ou estudo de implantação em solo brasileiro.
Guilherme Telles lembrou que a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que os municípios, distritos ou estados não têm competência legal para legislar sobre a operação do Uber no Brasil, pois “só podem legislar sobre transporte público coletivo”, categoria na qual a empresa não se enquadra. Ele ainda citou estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), divulgado mês passado, que considera benéfica para o consumidor o serviço de transporte individual de passageiros, como o Uber, pois incentiva a concorrência.
Aprovação
Quanto ao futuro do Uber em BH, o executivo fez questão de afirmar que a empresa vai permanecer atuando na capital, qualquer que seja o desfecho da tramitação do projeto de lei ainda em análise na PBH. “O Uber hoje opera em 350 cidades de 61 países e nunca recuou em nenhum desses locais. Temos um compromisso com nossos parceiros e clientes e vamos permanecer. Fomos muito bem aceitos pela população belo-horizontina e estamos em expansão aqui, com um aumento médio de 10% no número de usuários por semana”.
A empresa não revela quantos motoristas operam em BH nas modalidades Uber black e Uber x, mas no Brasil, hoje, são 6 mil motoristas e cerca de 600 mil pessoas cadastradas no aplicativo. “Belo Horizonte é uma cidade onde o grau de satisfação do cliente é dos mais elevados.
A PBH não se pronunciou sobre a entrevista do gerente da Uber. Em nota, limitou-se a informar que o projeto ainda é avaliado pela Procuradoria-Geral do Município e que será enviado à Câmara Municipal, onde será avaliado pelos vereadores..