O clima quente e seco já levou 113 cidades mineiras a decretarem estado de emergência. Na Região Norte do estado, a situação é grave e, segundo o presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), César Emílio Lopes Ferreira, a economia da região é abalada pelo efeito da estiagem. “Muitas cidades dependem da agropecuária, e o produtor está passando por dificuldades”, afirma Ferreira, que é prefeito de Capitão Enéas. “A nossa única esperança é que venha a chuva”, afirma.
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A cidade de Pai Pedro, no Norte do Estado, teve o estado de emergência decretado na sexta-feira.
Para os moradores, o abastecimento vem de 10 caminhões-pipa, que segundo o prefeito, precisam percorrer até 150 quilômetros para atender as comunidades rurais. “É preciso pensar uma maneira de conservação, pois toda a água que cai nos rios das regiões vai embora”, explica Rodrigues.
O presidente da Amams explica que outras cidades da região também estão dependendo do abastecimento por caminhões-pipa na área rural. “Precisamos pensar a seca a médio e longo prazo. Temos que armazenar água e conviver com a seca, pois estamos em uma região semiárida”, detalha Ferreira. Ele cita exemplos do Nordeste brasileiro, que, na visão dele, aprendeu a lidar com a seca.
CAPITAL Em Belo Horizonte, a temperatura deve ficar em torno de 30°C, menor que ontem, quando foi 31,2°C. Segundo Ladeia, do Inmet, a perspectiva de um refresco, com possibilidade de chuva, só a partir de sexta-feira. Ontem, o calor arrefeceu um pouco, mas muita gente reclamou da falta de água. A Copasa realizou intervenções no sistema do Rio das Velhas e paralisou o abastecimento em vários bairros de Belo Horizonte, Nova Lima, Sabará, Santa Luzia, São José da Lapa, Ribeirão das Neves, Raposos e Vespasiano. Até os bebedouros da Praça da Liberdade ficaram sem água.
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