Parques públicos de Belo Horizonte poderão ser privatizados. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e vice-prefeito, Délio Malheiros, o Executivo publica esta semana editais para saber se há empresas interessadas em administrar os parques Mangabeiras, Santa Lúcia, Ecológico da Pampulha e Veredas – parte aterrada da Lagoa da Pampulha em 1952 –, além do Zoológico. Durante 120 dias, empresas poderão apresentar a chamada proposta de manifestação de interesse (PMI). “Essa PMI é o pontapé inicial de uma futura PPP (Parceria Público-Privada)”, disse Malheiros.
Segundo ele, por esse método, as empresas fazem uma análise do parque e apresentam um plano de exploração à prefeitura, que pode incluir investimentos e propostas de exploração de estacionamento e restaurantes. Após receber as PMIs, a prefeitura fará um chamamento público e abrirá o edital de concessão dos espaços. O vice-prefeito não descarta a possibilidade de cobrança de entrada do público. “Isso já existe no Parque Iguaçu, em três parques da cidade do Rio de Janeiro, em São Paulo e várias outras cidades do Brasil”, justifica.
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Para Délio, a parceria com a PPP pode reduzir custos de conservação dos parques. “A empresa não terá que se sujeitar à Lei da Licitação.
No Parque das Mangabeiras, onde a entrada é gratuita e somente o estacionamento é pago, Délio acredita que o esquema possa ser mantido caso o gerente que assumir a administração da área encontre opões para sustentar economicamente o empreendimento por meio da prestação de serviços lá dentro. “A prefeitura pode ser mais eficiente colocando a mão de obra usada nos parques, como guardas municipais que fazem a segurança, em outros lugares. Não sabemos ser empresários. Não sabemos explorar economicamente nem é esse o papel do município.
O Parque Municipal Américo Renné Giannetti, inaugurado em 26 de setembro de 1897, no Centro de BH, onde anualmente são gastos R$ 6 milhões com manutenção e vigilância, ficará fora da privatização, segundo Délio. “Pretendemos criar outros parques. Temos uma área na região do Bairro Palmares, que é semelhante ao Monte das Oliveiras, em Israel, com um viés religioso muito grande. Podemos chamar a iniciativa privada, se interessar, a montar ali um parque”, disse. .