Em nota, a prefeitura de Mariana lamentou o acidente que causou a morte do operário Junior de Paula de Fragas, 25 anos, além de ferimentos nos outros trabalhadores. A administração municipal informou que, tão logo ficou sabendo do desabamento, acionou todos os órgãos responsáveis para priorizar o resgate e dar atendimento e suporte às famílias dos operários.
Segundo a Procuradoria Geral do Município, esta obra estava embargada desde fevereiro de 2015, e a notificação era para paralisação imediata. O projeto não foi apresentado ao município de Mariana para análise e aprovação, portanto, trata-se de uma obra irregular. Como não havia projeto registrado, o município desconhece quem é o engenheiro ou profissional responsável pela obra.
Conforme o tenente Júlio César, do Corpo de Bombeiros, um dos homens que ficou soterrado foi socorrido rapidamente, mas o outro precisou de um trabalho especial da corporação. “Uma parte da estrutura caiu sobre ele e o trabalho ficou mais difícil. Precisamos montar uma estratégia diferente para o resgate”, disse. Após retirar os escombros, os militares conseguiram liberar o outro funcionário. Todos os feridos foram encaminhados para o hospital de Mariana.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal de Mariana também foram acionadas para auxiliar no socorro. A Defesa Civil realizou uma perícia técnica para avaliar as causas do desabamento. O serviço de rabecão da Polícia Civil encaminhou o corpo do funcionário para o Instituto Médico Legal (IML). O local foi isolado.
A casa estava em obras, próximo a um local destinado a realização de eventos. O laudo da Defesa Civil deverá ser concluído até o início do próximo mês. Ainda conforme a nota da prefeitura de Mariana, os trabalhos de perícia e elaboração de laudo técnico por parte das autoridades competentes serão acompanhados de perto e, ainda, serão enviados "todos os esforços possíveis e necessários para que este fato seja esclarecido e que outros sejam evitados".