Jornal Estado de Minas

Prefeitura de Ouro Preto reforça atendimento a estudantes da Ufop para testes de HIV

A Prefeitura de Ouro Preto vai ampliar o atendimento nas redes de saúde da cidade a estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) que desejarem fazer testes de HIV.

A medida foi tomada após a circulação de informações, via redes sociais, dando conta de que estudantes da Ufop teriam participado de uma "roleta russa sexual" durante festa recente e muitos poderiam ter contraído o vírus da Aids. A Saúde municipal não confirma o risco nem atesta a veracidade da informação, mas diz ter agido preventivamente para amparar pessoas eventualmente preocupadas com a situação.  

Todas as unidades de saúde do município estarão à disposição para a realização de exames. Será inclusive aumentada a cota do laboratório Lapac, da Ufop, credenciado pelo SUS. Depois de realizados, os exames serão encaminhados ao Centro de Triagem Anônima (CTA), que funciona no centro de saúde da Ufop.

Todos receberão orientação, tanto no caso de o exame dar positivo – com o encaminhamento para tratamento – quanto nas situações de resultado negativo, com reforço nas informações sobre prevenção. Segundo o município, tudo será feito de forma a garantir o anonimato dos envolvidos.

A prefeitura publicou em seu site nota informando sobre os procedimentos. O texto  relata que atualmente vêm sendo sendo tratadas na cidade 58 pessoas, de Ouro Preto e Mariana, com a confirmação de 11 novos casos neste ano. A saúde descarta surto ou epidemia de Aids na cidade.



Os rumores que levaram às providências começaram em um grupo na rede social Facebook, restrito a estudantes da Ufop, mas acabaram vazando pela página Spotted, também da Ufop, quando uma aluna teria dito que, após se relacionar com 10 pessoas em uma única semana, teria descoberto ter contraído o vírus. Com o relato, muitos estudantes estariam apavorados.

A secretária de Saúde da cidade, Sandra Brandão, confirma ter ouvido o boato, mas diz desconhecer a origem. Diante do alarde, no entanto, a prefeitura decidiu tomar providências para atender estudantes possivelmente preocupados com a situação. "A ação da prefeitura é só para acalmar, pois epideologicamente não podemos falar que estamos em surto de Aids", enfatiza Sandra Brandão. 

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