Mais um assassinato durante um assalto foi registrado na Grande Belo Horizonte, o quinto caso da semana em um intervalo de apenas três dias. A morte do agente penitenciário Vanilson de Souza, de 43 anos, na noite de quinta-feira, no Bairro Lindéia, no Barreiro, ocorreu menos de dez horas após um criminoso armado invadir o apartamento da empresária Adalete Cláudia Borges dos Santos, de 52, em Contagem, e matá-la com um tiro nas costas.
Souza e o amigo D.R.S., de 33, também agente penitenciário, conversavam ao lado do carro na Rua Avencas quando foram rendidos por dois homens, um deles armado. Souza reagiu e acabou baleado na cabeça e no ombro. D. conseguiu correr e não foi ferido. Ele e um irmão chegaram a socorrer o colega, que morreu antes de dar entrada no pronto-socorro do Hospital Municipal de Contagem. Os autores do latrocínio – roubo seguido de morte – fugiram.
Nos outros quatro crimes ocorridos em um intervalo menor do que 24 horas, também não houve prisão. Entre as vítimas estão o policial militar reformado José Ribeiro Filho, 68, que atuava como taxista auxiliar, morto no Bairro Conjunto Califórnia, Região Noroeste de BH; o engenheiro Flávio José Fróes de Oliveira, 48, baleado durante arrastão em um prédio no Bairro Calafate, na Região Oeste; e o estudante Thales Martins da Costa Filho, 27, morto a facadas na Avenida Francisco Sales, no Floresta, Região Leste.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou que tanto Souza quanto D.
Estatísticas Levantamento da Polícia Civil confirmou aumento nos casos de latrocínio. Até agosto, houve 63 casos no estado (média de 7,8/mês), número maior que o registrado nos 12 meses de 2014, quando 59 pessoas morreram durante assaltos (4,9/mês). E o quadro pode ser ainda mais grave. Segundo a corporação, o quantitativo é feito com base apenas nos registros de mortes ocorridas logo após o roubo.
Para o pesquisador da Fundação João Pinheiro e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz, parte do aumento dos crimes de latrocínio se deve à circulação de armas de fogo.