A Polícia Militar (PM) encontrou, na tarde deste sábado, dois notebooks que pertenciam ao professor Rafael Adriano Severo, de 37 anos, assassinado no início do mês em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um adolescente de 17 anos e um jovem de 18 foram detidos. Segundo a polícia, os equipamentos estavam na casa de Rodrigo Lopes dos Santos, de 24, que já está preso e confessou ter matado o docente.
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Assassino de professor universitário é garoto de programa e se relacionava com a vítimaSuspeito de matar professor universitário em Contagem é presoCorpo do professor universitário morto em Contagem é exumado nesta sexta-feiraProfessor morto em Contagem pode ter conhecido assassino na internet, diz Polícia Civil Professor achado morto em apartamento é sepultado em BHCorpo do professor universitário encontrado morto será enterrado hoje à tardeProfessor assassinado em Minas teria levado 54 facadasPreso homem suspeito de matar professor em VarginhaAinda de acordo com o sargento, há fotos do professor nos dois notebooks. Um celular dele, que também estaria na casa, não foi encontrado. O imóvel estava vazio quando a PM entrou. O adolescente apreendido já tem passagens por tráfico de drogas. Os detidos e os produtos apreendidos foram levados para o Centro Integrado de Apoio ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH). O em.com.br tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, mas até as 19h50 as ligações não haviam sido atendidas.
Entenda o caso
Segundo a Polícia Civil, Rodrigo Lopes era garoto de programa e se relacionada com Rafael Adriano. O delegado Alex Machado, da Delegacia Especializada de Homicídios de Contagem, responsável pelo caso, disse que o assassinato foi cometido pelo jovem, que é casado e tem um filho de 4 anos, por ele temer que a vítima contasse a profissão dele para a família. A Polícia Civil acredita que o homicídio foi premeditado, pois o educador pode ter sido dopado.
Rodrigo se entregou à polícia em 17 de outubro. Em depoimento, confessou o crime e contou que já conhecia o professor há mais de dois anos. Conforme o delegado, a vítima o contratava como garoto de programa desde 2013, mas o professor começou a querer um relacionamento mais sério.
Um mês antes do crime, segundo o delegado, o professor descobriu que o garoto de programa era casado e tinha um filho. “Testemunhas narraram que 30 dias antes do crime, o professor começou a ter crise de choro na universidade, se mostrava depressivo. Então, percebe como impactou o lado sentimental. Entendemos que o jovem temia que isso seria levado a público pela vítima, por isso é uma das principais motivações”, disse Alex Machado, em entrevista coletiva em 19 de outubro.
Em depoimento, Rodrigo Lopes confirmou que no dia do crime foi contratado pela vítima para um programa. E quando estava dormindo, o professor subiu sobre ele. “Ele disse que fez uso de cocaína e bebidas alcoólicas, que estava exaltado e com a cabeça rodando. Por isso, asfixiou a vítima”, diz o delegado.
Com informações de João Henrique do Vale