A queda da cimalha (nome técnico da peça), medindo aproximadamente 10 metros de comprimento por 80 centímetros de largura, ocorreu por volta das 7h10, 10 minutos após o início da primeira missa, informou o historiador Carlos José Aparecido de Oliveira, conhecido como Caju, gestor do Museu de Arte Sacra de Ouro Preto, instituição que cuida do patrimônio cultural da basílica também conhecida como Matriz do Pilar. Ontem à tarde, representantes da paróquia se reuniram com uma equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo tombamento do monumento e da cidade, desde a década de 1930, para avaliar a situação e analisar providências.
“As pessoas já tinham entrado na igreja para a missa, e assim, felizmente, ninguém foi atingido. Só mesmo avarias nos veículos, embora houvesse uma pessoa no interior de um deles”, afirmou Carlos José. A estimativa é de que a peça tenha sido colocada no telhado na década de 1940, durante uma intervenção de restauro.
Tricentenário
Em 15 de agosto de 2012, dia da Assunção de Nossa Senhora, Ouro Preto fez uma festa grandiosa para celebrar o tricentenário da Paróquia do Pilar, cujo acervo está distribuído por 23 templos da cidade de passado colonial. Segundo os especialistas, a matriz é um lugar único, “com arquitetura belíssima e características muito próprias”. A nave tem a forma de um polígono de oito lados, com seis altares, tribunas sobrepostas e uma área específica para o coro. Nos retábulos, estão as imagens de São Miguel e Almas, Santana, Senhor dos Passos, Santo Antônio dos Pardos, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e Nossa Senhora das Dores.