Os servidores da Prefeitura de Belo Horizonte não aceitaram a proposta do Executivo e decidiram continuar a greve. Eles votaram pela manutenção do movimento durante uma assembleia realizada na Praça da Estação na manhã desta terça-feira. Depois da reunião, a categoria seguiu em passeata em direção à sede da PBH, na Avenida Afonso Pena, o que deixou o trânsito lento. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Minas Gerais (Sindibel), uma nova assembleia está marcada para quinta-feira.
Os servidores municipais anunciaram a greve em 30 de setembro e pararam suas atividades profissionais em 5 de outubro, em resposta à proposta de reajuste salarial de 2,8% proposto pela Prefeitura de Belo Horizonte. À época, os servidores reivindicavam aumento de 25%.
Durante a audiência pública para discutir o orçamento da PBH em 2016, realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte na última sexta-feira, houve protesto de professores, com apoio dos demais servidores municipais, que chegaram a fechar as saídas do plenário.
Após um acordo, alguns deixaram o local, mas cerca de 150 pessoas permaneceram ocupando a Câmara e aguardando uma nova proposta de reajuste do Executivo até que a secretária Municipal de Políticas Sociais, Luzia Ferreira, negociou um acordo com os manifestantes.
Por meio de nota, publicada no Diário Oficial do Município, a prefeitura deu detalhes da nova proposta oferecida aos servidores. “A proposta contempla aplicação de reajuste (com base no vencimento de novembro de 2015) com índices cumulativos de 1% a partir de dezembro de 2015, de 1% a partir de abril de 2016, de 1,5% a partir de julho de 2016 e de 1,5% a partir de dezembro de 2016, perfazendo o percentual total de 5%”. Ainda haverá reajuste no vale-refeição, com 2% a partir de abril de 2016, e 5% a partir de dezembro do mesmo ano.