“Pelos inúmeros casos que estão acontecendo, a polícia está de mãos amarradas. Em cada 10 casos ela, consegue resolver, talvez, um ou dois, porque as coisas estão complicadas”. A crítica à violência foi feita pelo desenhista Carlos Roberto Avelino, de 68 anos, tio e padrinho do técnico em telefonia e TV a cabo William Avelino Souza, de 30, morto quando passeava com a namorada no mirante no Parque Estadual do Rola-Moça. O corpo da vítima foi enterrado na manhã desta sexta-feira no Cemitério da Paz. A namorada da vítima, a operadora de caixa D.K.S.M., de 20, estuprada e jogada em um barranco pelo criminoso, compareceu ao sepultamento. A polícia ainda não tem pistas do assaltante.
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Os familiares criticaram a violência na região metropolitana de Belo Horizonte e as leis do país, que favorecem os criminosos, segundo eles. “Existe a lei do desarmamento e as pessoas de bem não conseguem ficar armadas, justamente por causa disso. Os bandidos, assaltantes e malfeitores estão todos armados. Não é só minha família que vai sofrer hoje, todos nós estamos a mercê disso, amanhã, depois, muita gente vai chorar”, desabafou Avelino.
O assassinato
O crime aconteceu quando D. e o namorado estavam dentro de um Peugeot 206 no mirante da serra e foram surpreendidos por um homem armado, que bateu no vidro do veículo e anunciou o assalto. Willian tentou reagir e arrancar o carro, mas acabou baleado. A garota foi agredida, estuprada e asfixiada. Em seguida, foi empurrada em um barranco e jogada morro abaixo.
Mesmo assim ela conseguiu retornar ao mirante e foi socorrida por um tenente da Polícia Militar que comandava o policiamento na área do 48º Batalhão. Dois celulares que estavam no veículo do casal foram levados.
A mulher foi encaminhada ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde recebeu um primeiro atendimento médico e depois foi levada à Maternidade Odete Valadares, fez exames e também recebeu atendimento psicológico. .