Militares do Corpo de Bombeiros tiveram trabalho para retirar o helicóptero do ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Elmo Braz, de 74 anos, de dentro de uma lagoa da Fazenda Cachoeira Alegre, na cidade de Guarani, na Zona da Mata mineira. A aeronave caiu no último domingo e provocou a morte do parlamentar. Bombeiros que participaram da operação sofreram queimaduras por causa do vazamento de combustível. A imagem da aeronave foi divulgada nesta sexta-feira.
A operação para a retirada do helicóptero começou na terça-feira. Os militares colocaram bombonas de 10 e 50 litros, mas a estratégia não deu certo. “Nós tínhamos que colocar o helicóptero de pé, depois elevar até a superfície e retirá-lo com trator. Vimos que estava muito perigoso para um mergulhador entrar e decidimos encerrar as ações”, explica o tenente Carlos Eduardo Giularducci Fonseca, comandante do 1º Pelotão da Segunda Companhia de Ubá.
No dia seguinte, todas as bombonas foram retiradas e uma nova estratégia começou a ser usada. “Colocamos oito sacos, chamados de liftbag, que cada um consegue elevar 60 quilos. Com eles, conseguimos destombar a aeronave. E nessa movimentação, começou a vazar muito combustível”, afirmou o tenente.
Os militares que estavam na água começaram a sentir queimação na pela, mas decidiram continuar os trabalhos. O combustível entrou embaixo da roupa dos bombeiros. “Quando terminou a operação, eles avistaram queimaduras de primeiro e segundo graus nos punhos, tornozelos e pescoço. Eles tomaram banho e, a partir daí, não mergulharam mais. Esperamos o combustível dissipar na água e o risco já tinha sido extinto. Depois, fizemos a retirada da aeronave”, diz Giularducci. Dois seis bombeiros que participaram da ação, três ficaram feridos.
A aeronave foi deixada para os cuidados da família do ex-deputado Elmo Braz.