Uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus em Belo horizonte complica ainda mais o trânsito na Região Central da capital. Às 19h30, o protesto, organizado pelo Movimento Passe Livre, seguiu em caminhada pela Avenida Afonso Pena. Os manifestantes se concentraram desde as 18h, no quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro, próximo à Praça Sete, e seguiram em direçao à sede da prefeitura. O trânsito nas vias está sendo interditado pelo protesto.
Os cerca de 100 integrantes da manifestação fecharam todas as pistas da Avenida Afonso Pena, sentido Rodoviária/Bairro Mangabeiras. Ao chegar ao cruzamento com a Rua da Bahia, o protesto começou a subir a via, em sentido Centro/Bairro. Viaturas da Polícia Militar (PM), incluindo um ônibus do Batalhão de Choque, chegam ao local.
Na Rua da Bahia, o protesto seguiu até a porta do Hotel Sol Belo Horizonte, onde ocorreu conflito entre manifestantes e policiais durante ato em 12 de agosto. Dezenas de manifestantes ficaram feridos após ação da PM, que usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio e efeito moral para conter o protesto. Na ocasião, cerca de 50 pessoas se abrigaram dentro do hotel e foram retiradas pelos militares. No total, 60 pessoas foram presas. "Tentaram me calar com bomba e repressão", gritam.
A manifestação continuou e passou pela Avenida Augusto de Lima e entrou na Rua Goiás. O protesto chegou até a porta do Tribunal de Justiça, onde foi cassada a liminar que barrava o aumento das passagens. Os manifestantes entregaram panfletos e gritaram palavras de ordem, criticando a ação da PBH, que aumentou as tarifas de transporte coletivo na capital duas vezes no ano. No último reajuste, as passagens, que eram de R$ 3,10, passaram a custar R$ 3,40. Às 20h15, o protesto terminou e os manifestantes começaram a se dispersar.
De acordo com a BHTrans, os manifestantes interditaram parte da Avenida Afonso Pena, na Praça Sete, antes de seguir na caminhada. Segundo a Polícia Militar (PM), nenhuma ocorrência foi registrada até o momento.
Na página do grupo, em uma rede social, o protesto é descrito como apoio a servidores municipais em greve. "O ato também ocorrerá em solidariedade aos servidores públicos do município e professores da rede municipal de ensino, que estão em greve em busca de melhores condições de trabalho e contra as medidas da prefeitura que retiram direitos das categorias", diz o texto.