O nível do Sistema Paraopeba continua em queda livre. O conjunto de três represas, responsável pelo abastecimento de água da Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltou a cair nesta segunda-feira. No domingo, estava com 21,8% da sua capacidade total. Hoje caiu para 21,7%, a pior marca já registrada da história. Há pelo menos um mês o sistema vem tendo quedas diárias.
O Paraopeba é formado pelas represas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. O sistema iniciou outubro com 26,2% da sua capacidade. Por 21 dias, apresentou quedas de até dois pontos percentuais. De 22 para 23 de outubro, quando choveu na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o nível se manteve estável em 22,9%. Porém, o alívio durou pouco tempo. Nos quatro dias seguidos, voltou a baixar. Nos dias 27 e 28, ficou estável em 22,3%. Depois, caiu até atingir o recorde negativo.
A represa que está com o nível mais alto é Rio Manso, a maior do sistema. Porém, também vem apresentando quedas diárias. No início do mês, estava com 36,2%. Nesse domingo, apresentava apenas 31,1% da capacidade. Nesta segunda-feira, voltou a cair e passou para 31%. O pior nível é do Serra Azul. O reservatório, em 1º de outubro, estava com 10%. Ele apresentou queda até o dia 27, quando se manteve estável por quatro dias em 6,9%. Hoje, está com 6,6%.
Vargem das Flores foi a única represa que apresentou melhora no nível durante o mês. Porém, terminou o mês em queda. Em 1º de outubro, estava com 24,6%. Vinte um dias depois, caiu 3,7 pontos percentuais. No dia seguinte, subiu 0,1%. Porém, voltou a cair e teve uma nova alta no dia 29. Nesta segunda-feira está com 20,2%.
A Copasa afirma que a diminuição do nível nas represas deve ocorrer gradativamente enquanto não houver chuva e que o volume atual é suficiente para garantir o abastecimento até janeiro de 2016. Para dezembro está prevista a conclusão das obras de captação adicional no Rio Paraopeba, que levarão 5 mil litros de água por segundo até a Estação de Tratamento de Água do Rio Manso, possibilitando a recarga dos reservatórios do Paraopeba e garantindo o abastecimento sem a necessidade de restrições nos próximos 20 anos.