Jornal Estado de Minas

Mensagem de falso desaparecimento de menino causa transtornos para família de BH


As redes sociais, que por muitas vezes podem auxiliar na busca por pessoas desaparecidas, podem também, em outros casos, atrapalhar investigações e causar transtornos para famílias inteiras. Os pais de um menino de Belo Horizonte têm passado uma semana de inconvenientes decorrentes da divulgação da foto do garoto indicando um falso desaparecimento, desde que o registro foi feito, no último sábado.

A imagem, relacionada por um texto com informações falsas, tem sido enviada pelo aplicativo de mensagens WhastApp e também compartilhada pelo Facebook, divulgando a informação de que o menino estaria desaparecido. Em entrevista ao em.com.br, a mãe do garoto desmentiu a denúncia, reclamou da situação e pediu mais atenção às pessoas que repassam este tipo de comunicado.

Segundo a mãe do menino, a propagandista Catiuscia Miranda, de 34 anos, a foto foi tirada em um restaurante, que fica próximo da residência da família. "O cantor que está com ele acabou usando a foto para divulgar uma agenda de shows, em uma lista de contatos. Alguma pessoa, agindo de má-fé, usou e divulgou essa informação", conta Catiuscia. "A partir daí, estou recebendo centenas de ligações de amigos e parentes me perguntando se está tudo bem comigo e com o meu filho", completa.

A texto compartilhado com a imagem pede ajuda para que a foto seja enviada ao máximo de pessoas possível, informando que o garoto se chama Leandro (nome fictício), de oito anos, e que estaria desaparecido. As informações falsas também dão conta de que a família mora no Bairro São Francisco, na Região da Pampulha, e de que o comunicado teria sido repassado de um outro grupo. No texto, é indicado um número de telefone que não existe.

"Meu filho está bem, em casa, com a família.
Mas a situação tem causado um grande transtorno emocional a todos nós. Meu telefone não para, com as pessoas me ligando preocupadas, e tenho que ficar procurando como bloquear essas coisas. Fiquei preocupada", relata Catiuscia, que precisou fazer um Boletim de Ocorrência (BO) em uma delegacia virtual, pela internet. Ainda segunda ela, a família achou melhor resguardar o garoto, que faltou ao últimos três dias de escola. "A professora e alguns colegas já ligaram, me perguntando se está tudo bem", diz a propagandista.

Catiuscia também comenta que já viu essa situação ocorrer outras vezes, com outras crianças e que as pessoas precisam ter cuidado ao divulgar esse tipo de comunicado sem saber mais informações sobre o caso. "É preciso buscar informações oficiais da veracidade antes de repassar a informação. Ao mesmo tempo que pode ajudar, pode contaminar uma busca, atrapalhar investigações e causar muito transtorno para uma família", adverte..