A Polícia Civil de Extrema, no Sul de Minas, prendeu um terceiro suspeito de envolvimento na morte da estudante universitária Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos. O delegado que apura o crime, Valdemar Lídio Gomes Pinto, começa a ouvir na manhã desta quinta-feira testemunhas que possam esclarecer a possível participação de Wellington Luiz Freire Cordeiro, de 31, no crime que chocou e revoltou os moradores da cidade.
Wellington é primo do comerciante José Roberto dos Santos Freire, de 35, preso na terça-feira, que confessou ter contratado um casal em Bragança Paulista (SP) para sequestrar Larissa em 23 de outubro. No mesmo dia, ela teve os punhos amarrados aos tornozelos com fios elétricos e com fitas adesivas e morta, possivelmente por asfixia, tendo seu corpo jogado em um matagal às margens de uma estrada.
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Trama que resultou em morte de universitária espalha indignação no Sul de MinasUniversitária foi morta após descobrir relacionamento do namorado com patrão, diz políciaNamorado de universitária morta em Extrema deixa a prisão a pedido de delegadoCasal suspeito de matar universitária no Sul de Minas é preso pela Polícia Civil em São PauloSuspeito pelo crime que chocou Extrema é investigado por corrupção no interior de São PauloDe acordo com a polícia, a morte foi consequência da descoberta do relacionamento entre o namorado da vítima, Luccas, e o patrão dele, José Roberto. O modelo nega envolvimento, mas teve a prisão temporária de 30 dias decretada na quarta-feira, depois de cair em contradição em três depoimentos.
O delegado informou que José Roberto telefonou para o primo Wellington no dia em que Larrisa foi sequestrada pelo casal quando deixava o carro estacionado na rodoviária de Extrema para seguir de ônibus para a faculdade de biomedicina em Bragança Paulista (SP). O casal teria recebido R$ 1 mil para executar o crime. “Wellington esteve em Extrema no dia dos fatos, por volta das 18h, e relatou que foi instalar um som na casa do primo José Roberto, mas apuramos que ele não esteve lá. Ele foi à casa de um outro primo, Francisco, que é irmão de José Roberto.
José Roberto, que também é dono de uma agência de modelos, foi preso na terça-feira, mesmo dia em que o corpo da estudante foi encontrado em adiantado estado de decomposição, em uma ribanceira em Extrema. Em depoimento, ele confessou ter contratado um casal para sequestrar Larissa – namorada de seu funcionário, com o qual ele afirma que mantinha um relacionamento. Ontem à tarde, enquanto Luccas depunha, moradores da cidade faziam um protesto em frente à delegacia, clamando por justiça. No grupo estava a mãe da estudante, Nicéia de Oliveira Souza, que resistia em acreditar no envolvimento do rapaz. “Até que se prove o contrário, não creio na participação dele”, disse ela.
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