O desespero tomou conta da população de Barra Longa, que fica a 58 quilômetros de Mariana, na madrugada desta sexta-feira. Por volta da 1h, a lama que jorrou do rompimento das barragens da Samarco chegou pelos rios que cortam a cidade, alagando duas comunidades rurais e o centro, que pode decretar situação de emergência.
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Tragédia com barragens em Mariana ganha repercussão internacionalPopulação já inicia rede de solidariedade para ajudar vítimas de tragédia em Bento RodriguesRompimento de barragens em Mariana: siga em tempo real o atendimento e resgate às vítimas"Vi minha casa coberta de lama": sobreviventes de tragédia em Mariana relatam cenário de horror Barragem que rompeu em Mariana era empreendimento de alto riscoRelatório indica que 8% das barragens de contenção em Minas não são segurasPonte Nova desmente ter sido atingida pelo rompimento de barragem em MarianaRejeitos das barragens de Mariana chegam a usina em Santa Cruz do EscalvadoSobreviventes resgatados de Bento Rodrigues dão depoimentos emocionadosSegundo Vieira, o prefeito Fernando Carneiro seguiu para os povoados na manhã desta sexta-feira. O acesso aos locais está muito difícil, pois a ponte sobre o Rio Gualaxo, principal via para Barra Longa, foi levada pela correnteza. Moradores que ficaram desalojados foram para as casas de parentes.
A lama com os rejeitos da mineração fez o Rio Carmo, que corta a cidade, subir cinco metros, tomando a praça e alagando ao menos 40 casas, além do comércio. Não há relatos de feridos ou mortos. A cidade aguarda a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Ponte Nova, que atendem o município.
Enquanto a ajuda não chega, funcionários da prefeitura, com máquinas, e a Polícia Militar ajudam as vítimas. Eles também ligaram várias vezes para a Samarco, que teria dito que estava avaliando a situação, mas não deu previsão de chegada. Ainda segundo Germando Vieira, a prefeitura deve decretar situação de emergência.