A devastação provocada pela lama de resíduos de mineração que desceram das duas barragens da Samarco em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, deixou pelo menos sete comunidades isoladas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os rejeitos danificaram ou encobriu oito pontes entre Mariana e Barra Longa. Os militares estão levando ajuda aos locais isolados com apoio de helicópteros. As buscas continuam por 25 pessoas desaparecidas, sendo 12 funcionários da empresa e outros 13 moradores. Duas mortes foram confirmadas.
As aeronaves estão fazendo várias viagens por dia para dar assistência às comunidades de Pedras, Barretos, Gesteira, Paracatu de baixo, Campinas, Barra Longa, e Rio Doce. Os bombeiros realizam o salvamento de pessoas ilhadas e levam equipes médicas, assistentes sociais, além de alimentação, remédio, e água.
As buscas continuam incessantes quatro dias depois da tragédia. O Corpo de Bombeiros informou que com a ajuda de mapas e um geólogo, mapeou e dividiu em quadrantes de 30 metros o distrito de Bento Rodrigues. A estratégia é para facilitar o trabalho e o deslocamento dos militares por terra. As ações estão sendo feitas com a ajuda de três cães farejadores que receberam treinamento especializado.
Os trabalhos são realizados nos locais onde moradores informaram ter casas encobertas pela lama e possíveis vítimas. Tratores são usados para abrir estradas. Balanço divulgado no início da tarde desta segunda-feira mostra que 25 pessoas estão desaparecidas, sendo 12 funcionários da empresa e outros 13 moradores. Foram confirmadas duas mortes. Esse número pode subir. Dois corpos encontrados em Bento Rodrigues, estão no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte para passar por exames. Eles encontram em estado avançado de decomposição. Os cadáveres são de adultos, um deles do sexo masculino.
Nesta manhã, o corpo da segunda vítima da tragédia, o caminhoneiro Sileno de Lima, foi enterrado em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais. O funcionário da Integral Engenharia Ltda., que trabalhava na Samarco no momento do rompimento das barragens.