O inquérito em que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) investiga a tragédia do rompimento das barragens em Mariana deve ser concluído em 30 dias. Mas o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, Coordenador da Promotoria do Meio Ambiente, considera que a empresa Samarco, responsável pelo desastre, tenha sido 'negligente'. “Não há fatalidade nisso. Não podemos admitir que seja acidente um rompimento de um empreendimento de tamanha magnitude. Por isso, considero que seja uma negligência”, afirmou. Já foi confirmada a morte de três pessoas e ao menos 24 estão desaparecidas.
Leia Mais
Turbidez de água do Rio Doce está 11 mil vezes superior ao recomendávelTerceira vítima de tragédia em Mariana é identificada e 24 ainda estão desaparecidosSamarco dará licença remunerada a funcionários em MG e ESSamarco pode levar até um ano para definir como voltará a operar, dizem fontes do setorEm Camargos, parte da população foge com medo de novo rompimento, mas outros resistemApós passagem de lama das represas, cenário no Rio Doce é desoladorLama de mineração acelera degradação do já poluído Rio DocePrefeito de Mariana pretende negociar indenizações com maior mineradora do mundoMP determina que Samarco consiga moradia e defina renda mínima mensal para desabrigadosO Governo de Minas Gerais embargou as atividades da Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Agora, a empresa não poderá mais processar minério de ferro na barragem de Germano. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) confirmou a informação na tarde desta segunda-feira. A empresa só poderá retomar as atividades após a apuração e a adoção de medidas de reparo dos danos decorrentes do rompimento das duas minas na última semana.
De acordo com a Semad, o embargo ocorreu já na última sexta-feira. Todas as atividades da empresa na região estão suspensas. A Samarco está autorizada apenas a fazer ações emergenciais, ou seja, “aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos”, explicou a Secretaria. A Semad afirmou que a suspensão emergencial está prevista legalmente, para apurar as causas e consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente. .