Jornal Estado de Minas

Ex-porteiro de escola municipal é preso suspeito de abusar de crianças em Venda Nova

A Polícia Civil prendeu um homem de 40 anos suspeito de estuprar crianças, adolescentes e portadores de sofrimento mental na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte. G. trabalhava como porteiro de uma escola municipal. Segundo a polícia, ele oferecia doces e dinheiro em troca de favores sexuais das vítimas. G., que até então não tinha passagens pela polícia, nega os crimes.

O suspeito foi apresentado nesta terça-feira pela delegada Roberta Sodré, da 1ª Delegacia de Venda Nova. Segundo ela, o caso veio à tona após a denúncia do irmão de uma das vítimas. O homem de 29 anos é portador de necessidades especiais e, segundo um laudo, tem a idade mental de uma criança de 10.

Ele frequentava a escola municipal por causa do programa Escola Aberta, onde o espaço das instituições de ensino fica aberto para o uso da população nos fins de semana.

Há um mês, a vítima revelou ao irmão que o suspeito costumava acariciá-lo nas partes íntimas, o presenteando com doces e dinheiro, mas que da última vez ele havia o machucado.

O irmão do rapaz procurou a polícia e denunciou o suspeito. Segundo a delegada, o depoimento do homem de 29 anos foi bem detalhista, e ele ainda deu os nomes de outras crianças vítimas de abuso. São todos meninos, com idades entre 10 e 14 anos. Nos depoimentos, alguns se mostraram inseguros, mas acabaram revelando terem sido vítimas de abuso sexual ou estupro consumado pelo porteiro. Os abusos aconteciam nos fundos da escola ou na videoteca, onde ele exibia vídeos pornográficos para as vítimas.

De acordo com a delegada, outras pessoas disseram que G.
é um homem de boa conversa. Ele mora com os pais e trabalha na escola há 21 anos. Durante as investigações, a polícia encontrou o escaninho dele na escola, onde foi encontrado um caderno com fotos de alguns dos meninos e endereços de sites com conteúdo gay. G. nega todos os crimes. Segundo a Polícia Civil, ele foi demitido.

Ainda de acordo com a delegada, o homem já teria sido denunciado para a diretoria da escola há 15 anos, mas nenhuma providência foi tomada. Também não há boletim de ocorrência do caso.
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