O crime que chocou Minas Gerais vai continuar sem resposta. O julgamento do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a ex-namorada adolescente Amanda Linhares Santos, de 17 anos, foi adiado nesta terça-feira. O júri aconteceria em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, local do assassinato, mas foi suspenso pela juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva, que alegou problemas familiares. Uma nova data será marcada. Há possibilidade de acontecer no dia 1º de dezembro, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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Justiça mantém júri popular de ex-delegado acusado de matar namorada adolescente Justiça de Ouro Preto nega ter autorizado ex-delegado a frequentar faculdadeEx-delegado acusado de matar namorada é visto em faculdade; polícia diz que existe autorizaçãoJustiça nega liberdade a ex-delegado acusado de matar namorada adolescenteComeça julgamento de ex-delegado acusado de matar namorada em Ouro PretoEx-delegado da Polícia Civil vai para o banco dos réus pela morte da namoradaDiscussão por dívida de aluguel termina com duplo homicídio em Contagem, na Grande BHPela versão do delegado, Amanda tentou se matar, mas provas periciais derrubam a hipótese. Exames residuográficos não encontraram vestígios de pólvora nas mãos da vítima. Segundo as investigações, Toledo buscou a jovem em Conselheiro Lafaiete e depois os dois seguiram para Ouro Preto. No dia do crime, a Polícia Militar recebeu por telefone uma denúncia que relatava a briga de um casal na estrada.
Em 16 de outubro, Geraldo Toledo foi expulso da corporação. O pedido de demissão feito pela Corregedoria se baseou em transgressão disciplinar cometida entre 2005 e 2007. Naquele período, a Corregedoria apurou fraudes praticadas quando Toledo era delegado titular da circunscrição do Detran em Betim. Ele foi preso naquele ano, em São Joaquim de Bicas, acusado de receptação, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Desde 2002, ele já respondia a processo por suspeita de irregularidade no licenciamento de veículos.
Por causa da morte de Amanda, Geraldo Toledo foi preso e ficou sete meses na Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto, Região Leste de BH. Depois, foi transferido para a Penitenciária Jason Soares Albergaria, no Bairro Primavera, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o ex-delegado voltou para a Casa de Custódia da Polícia Civil em janeiro de 2014, onde segue preso. .