Neste momento, cerca de 30 estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (Upof) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão dentro de uma unidade da Samarco, em Belo Horizonte.
Os estudantes iniciaram uma manifestação na tarde desta terça-feira em frente ao Hotel Boulevard, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde estavam previstas negociações com o sindicato dos funcionários da mineradora Vale. Depois seguiram para uma das unidades da Samarco, na Rua dos Inconfidentes, e entraram no prédio. Três viaturas da Polícia Militar cuidam da segurança do lado de fora.
Segundo a estudante de comunicação social da UFMG, Izabella Lourença, de 22 anos, que está dentro do prédio, os estudantes já foram recebidos por uma gerente da Samarco e continuam na unidade aguardando nova conversa com representantes da empresa e da imprensa. "Essa já era uma tragédia anunciada. Há algum tempo os trabalhadores já vinham falando que estava havendo vazamentos", afirma Izabella, que integra a Assembleia Nacional dos Estudantes Livres, movimento que organizou o protesto.
Izabella explica que os estudantes querem que a Samarco assuma a culpa pelo acidente, indenize as vítimas e responda pelo impacto ambiental ocorrido. "Queremos também que sejam punidos e também aqueles que aprovaram o plano para a construção das barragens", continua.
Os estudantes culpam a mineradora Samarco pela tragédia ocorrida na última quinta-feira, quando duas barragens se romperam vitimando centenas de pessoas que vivem nos distritos e cidades próximas à Mariana, na Região Central do estado. Os estudantes querem um posicionamento da empresa sobre as responsabilidades do acidente.
