Jornal Estado de Minas

Crianças atingidas por tragédia voltarão às aulas na segunda-feira, garante prefeitura

A Prefeitura de Mariana garantiu, nesta terça-feira, que as crianças atingidas pela tragédia com o rompimento de duas barragens no distrito de Bento Rodrigues voltarão às aulas na próxima segunda-feira. A informação foi confirmada pelo assistente técnico do governo municipal, Israel Quirino, que garantiu que os 172 alunos de Bento Rodrigues e Paracatu vão terminar o ano letivo com as mesmas turmas em que estudavam antes do desastre.

Inicialmente, a administração municipal teria dito que as aulas poderiam ser retomadas ainda nesta quinta-feira mas, hoje, afirmou que a meta que a volta dos alunos comece no primeiro dia útil da próxima semana.

De acordo com Israel Quirino, nesta quarta-feira, acontecerá uma reunião da prefeitura com os 43 funcionários que atendiam essas crianças. Estão envolvidos professores, serviçais e outros educadores e funcionários públicos, assim como servidores de Bento Rodrigues e Paracatu, bem como os professores de Mariana que lecionavam nos distritos.

"A comunidade será informada sobre a retomada da vida escolar de seus filhos e podemos garantir que esse meninos vão terminar o ano letivo juntos, nas mesmas turmas em que estudavam inicialmente", garantiu Israel, confirmando que, nesta quinta-feira, acontecerá uma reunião entre o governo municipal e pais de alunos no Sesi de Mariana, às 9h.

No encontro, os pais serão informados sobre como será o retorno e inclusive sobre as rotas de ônibus que estão sendo criadas para pegar as crianças nos hotéis em que estão hospedados e levar atá a Escola Municipal Dom Luciano, onde irão estudar.

Na sexta-feira, a prefeitura de Mariana fará 'os arremates' de todo o planejamento, inclusive com o fechamento da rota de trânsito para pegar as crianças e levar até o colégio. "É certo que as aulas começam na segunda. É uma meta do prefeito e vamos cumprir", afirmou Israel.

Orientação da promotoria

"O que a gente orientou em conversa com o prefeito de Mariana, é que as crianças estudem na 'mesma escola' o máximo possível. Ele quer dividir de forma que o maior número de crianças estejam juntos com amigos que estiveram jutnos a vida inteira, e também quer fazer um trabalho de conscientização para que a comunidade e os professores que vão receber as crianças saibam como lidar com elas", disse Guilherme de Sá Meneghim, da promotoria de Direitos Humanos da cidade..