Taxistas fazem uma passeata por Belo Horizonte na manhã desta quarta-feira para cobrar de vereadores a aprovação do projeto de lei que foi criado para regulamentar o funcionamento do Uber na capital mineira. O grupo segue para a Câmara Municipal e depois vai para a Cidade Administrativa, onde vai pedir ao governo de Minas Gerais mais punição aos condutores clandestinos. A expectativa é que aproximadamente 2 mil motoristas de táxi participem do ato, o que pode deixar o trânsito complicado na cidade.
A concentração dos taxistas começou 7h ao redor do Mineirão, na Pampulha. Por volta das 9h, saíram em carreata em direção à Câmara. Às, 9h28, os motoristas fechavam as duas pistas da direita na Avenida Antônio Carlos, próximo ao Bairro Aparecida. O trânsito ficou lento durante o protesto. No trajeto dos taxistas, um motociclista acabou atingido por um dos carros. Teve um princípio de tumulto que foi apartado rapidamente. A Polícia Militar (PM) acompanha a situação.
“Vamos cobrar do vereador Wellington Magalhães o projeto de lei. Queremos que ele seja apresentado e votado pelos vereadores para resolver uma vez por todas o problema do aplicativo. Que passe a valer o que foi propostos pela comissão”, afirma Ricardo Faedda, presidente do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir).
O texto da administração municipal propõe a criação de 750 vagas de táxis na categoria premium (carros de luxo), operados com tarifa diferenciada, e com organização e regulamentação próprias. Para isso, a BHTrans adotará providências baseadas nos seguintes critérios: na licitação das 600 permissões de táxi destinadas exclusivamente a pessoas jurídicas, 400 delas deverão ser na categoria premium; e das 6.840 permissões de taxi destinadas a pessoas físicas, até 350 estariam autorizadas a migrar para a categria premium. O projeto propõe ainda a implantação de uma política que possibilite desconto nas tarifas aos usuários do serviço de táxi, por conta e risco dos operadores, mas com avaliação da BHTrans.
Para atuar em Belo Horizonte, o Uber terá que se submeter à BHTrans, sob pena do pagamento de multa de R$ 30 mil para cada motorista do aplicativo que insistir em circular em desobediência às regras criadas pela administração municipal, com valor dobrado em caso de reincidência.O Uber considera o projeto de lei inconstitucional.
Depois de passarem pela Câmara Municipal, os taxistas pretendem seguir para a sede do Governo de Minas. “Vamos para a Cidade Administrativa cobrar mais punição e fiscalização contra o transporte clandestino”, comenta Faedda. A Polícia Militar (PM) vai acompanhar o ato.