Jornal Estado de Minas

Bombeiros ainda não têm previsão para usar máquinas em buscas em Mariana

O Corpo de Bombeiros ainda não tem previsão para usar máquinas nas buscas por desaparecidos por causa do rompimento de duas barragens da Samarco em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Luiz Henrique Gualberto Moreira, os conceitos de operação são alterados a cada dia, mas que o uso de maquinários não tem data definida.

Uma nova estratégia começou a ser utilizada nesta quinta-feira nas buscas. O Corpo de Bombeiros recebeu um reforço de 65 militares que, divido em equipes, farão uma varredura nos cursos d'água por onde houve o escoamento da lama de rejeitos. Até às 11h30, seis mortes foram confirmadas, dois corpos aguardam identificação e outras 19 pessoas seguem sendo procuradas.

A varredura será realizada em um trecho de aproximadamente 60 quilômetros, entre a Ponte do Gama, em Mariana, até o distrito de Barreto, em Barra Longa. Serão três equipes que fará a ação às margens do Rio Gualaxo. “Fizemos um sobrevoo na região na quarta-feira para detectar os pontos para a ação.
A estratégia será usada porque os locais estão em condições de segurança. Por isso, a nova tática para encontrar desaparecidos, além de animais”, afirma o major Rubem da Cruz, da comunicação do Corpo de Bombeiros.

Uma semana depois da tragédia, as buscas continuam para encontrar os desaparecidos. Ao todo, são 19, sendo 10 funcionários e nove moradores. Já foram confirmadas as mortes de seis pessoas. Outros dois corpos seguem no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.

Será investigado se um corpo encontrado no Rio Doce, em Ponte Nova, na Região da Zona da Mata, é de mais uma vítima da tragédia. Moradores avistaram o cadáver boiando próximo a uma ponte.
Bombeiros fizeram a retirada da água. O corpo será encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital mineira, onde passará por exames de necrópsia.

 

 

.