O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual do Espírito Santo (MPE-ES) se preparam para deflagrar o que denominaram de "Operação Arca de Noé" para retirada de peixes vivos ao longo do curso do Rio Doce, que corta o estado. A lama proveniente do rompimento das barragens em Mariana (MG) tem matado 100% dos peixes por onde passou até agora e se aproxima da divisa de Minas Gerais com o Estado capixaba.
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Justiça determina que Samarco resgate peixes do Rio Doce antes de chegada da lamaVazão do Rio Doce diminui e lama fica mais concentrada em Governador ValadaresLama avança pelo Rio Doce e espalha prejuízos para pequenos e grandes produtoresChegada da lama ao Rio Doce leva medo e caos a Governador ValadaresVídeo: Lama invade Ponte do Rio DoceSamarco é intimada pelo governo do Espírito Santo por danos causados ao Rio DoceApós passagem de lama das represas, cenário no Rio Doce é desoladorComissão se reúne hoje para gerenciar doações financeiras às vítimas de barragensA medida emergencial será realizada com ajuda de pescadores da região, profissionais ou não. O local de destino dos peixes ainda não foi definido. "A princípio, serão alocados nas lagoas da Cobra Verde, em Colatina, e na do Limão, em Linhares. Também estão sendo sondados locais próximos à hidrelétrica de Mascarenhas, em Baixo Guandu", informou o MPF em nota.
O Ministério Público declarou não ter certeza sobre o nível de contaminação dos peixes na região e ressaltou que não foi permitido a pesca indiscriminada, mas, sim, o resgate e a soltura dos animais em locais predeterminados.
As cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares, no noroeste capixaba, vivem a expectativa da chegada da onda de rejeitos, que deverá causar uma série de transtornos para a região. Além dos danos ambientais, um problema previsto será a interrupção na captação de água do Rio Doce para abastecimento humano. Os municípios elaboraram planos emergenciais para contar com caminhões-pipa no período e também buscam fontes alternativas..