Ainda tentando se recuperar do ataque sofrido na madrugada de 29 de outubro, no Parque Estadual do Rola-Moça, quando viu o namorado ser morto a tiros por um assaltante e foi agredida e estuprada, D.K.S.M., teve que enfrentar mais um momento difícil ontem: fazer o reconhecimento de quem a atacou. A jovem indicou o adolescente J., de 16 anos, como a pessoa que atirou seis vezes em seu namorado, William Avelino de Souza, de 30, e que a estuprou e a jogou num penhasco no distrito de Casa Branco, em Brumadinho (Grande BH).
Familiares da jovem foram informados pela Polícia Civil de que o suspeito do crime havia sido detido no dia anterior. “Os policiais ligaram e explicaram que D. teria que ir até a delegacia para fazer o reconhecimento. Ela ficou ainda mais abalada. Nem conseguiu dormir. Ainda está muito difícil tendo que lidar com esse fato”, disse a irmã, a bombeira civil D.C.S.M.
Após a apreensão do adolescente, a Polícia Civil o encaminhou ao Instituto de Criminalística para coleta de material para ser confrontado com o DNA colhido da vítima do estupro. O laudo deverá ficar pronto nas próximas semanas. Na tarde de ontem, o menor participou de uma audiência na Vara da Infância e Juventude, que decidiria sobre a aplicação de medida socioeducativa.
APURAÇÃO Detalhes da apreensão do menor suspeito do latrocínio – roubo seguido de morte – estupro, e tentativa de morte, seriam passados ontem pelos delegados Marcelo Calli, da Delegacia Regional de Ibirité, e Luiz Otávio, da Delegacia de Brumadinho, responsável pelas investigações. Porém, a apresentação foi cancelada. A assessoria da Polícia Civil informou que a suspensão foi temporária, já que ainda ontem surgiram novos elementos para apuração.
J. foi apreendido na casa onde vive com a mãe, na Região do Barreiro, na tarde de anteontem, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão. A mãe do menor disse acreditar na inocência do filho sobre o crime. Ela disse que, na data do ataque contra D. e William, o adolescente envolveu no roubo de um veículo e foi apreendido na data. A Polícia Civil, no entanto, afirmou que o ataque ao casal ocorreu na data anterior.