Enquanto a água do Rio Doce não volta às torneiras das casas de Governador Valadares, a distribuição continua acontecendo na cidade. Neste domingo, são 14 pontos. Ontem, eram apenas oito. Na Escola Municipal Chico Mendes, no Bairro Santos Dumont, duas caixas de 20 mil litros já estão instaladas. O pedreiro Milton Luiz da Silva, 56 anos, aproveitou para garantir 50 litros. "Vou usar para lavar vasilhas e também para tomar banho. Estou enchendo um tanquinho lá em casa e agora vou conseguir fazer a limpeza que precisava".
A promessa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Valadares é recomeçar a distribuição da água do Rio Doce amanhã, pois o órgão conseguiu uma alternativa para o tratamento do recurso chancelada por laudos que atestam a potabilidade emitidos pela Copasa.
Para garantir a condição de potabilidade da água, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Valadares informou no sábado que usou um coagulante natural que acelera o processo de separação entre água e sedimentos, chamado de polímero de acácia negra, um reagente 100% orgânico produzido no Sul do país. Esse líquido, que é uma espécie de chá da planta, será misturado à água antes de iniciar o tratamento nas três estações que atendem a sede de Valadares e também nas duas que atendem a área rural, totalizando cerca de 280 mil pessoas.
O trabalho já começou, mas a prefeitura informou que é necessário fazer uma espécie de retrolavagem das estações, com o objetivo de limpar filtros e demais equipamentos que estão sujos de lama. Por isso, só a partir de segunda-feira a água começará a chegar nas partes mais baixas da cidade.
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